Errou

Apresentadora do SBT irrita torcida do Fluminense com fake news e se desculpa

Fernanda Maia vai se retratar ao vivo


Fernanda Maia no SBT Esporte Rio
Fernanda Maia se equivocou - Foto: Reprodução/SBT

A apresentadora do SBT Esporte Rio, Fernanda Maia, cometeu um erro nesta sexta-feira (20) ao contar a história do pó de arroz no Fluminense, caindo em uma fake news antiga. A jornalista foi criticada nas redes sociais pelos torcedores do tricolor carioca e pediu desculpas pelas redes sociais, contando o verdadeiro enredo do clube e disse que irá se retratar na próxima segunda (23) no programa esportivo do canal de Silvio Santos.

Por causa do Dia da Consciência Negra, a atração fez um especial sobre a data e retratou o pioneirismo do Vasco no futebol. Durante o bate-papo, de maneira equivocada, Fernanda afirmou que o pó de arroz era usado em jogadores negros e isso ocorria no Fluminense no passado.

“Era proibido ter negros jogando futebol. O futebol era um esporte um pouco elitizado e tinha essa segregação tão triste da gente contar, mas isso acontecia. Inclusive, tinha time que botava, e agente fala que era o Fluminense, pó de arroz dos negros no rosto, que diz a história pra esconder a cor da sua pele, porque era proibido ter negro jogando futebol. Olha que absurdo”, disparou.

A torcida do Fluminense se revoltou e criticou a declaração da apresentadora. Um perfil do Instagram que acompanha o dia-a-dia da equipe enviou uma mensagem para ela e explicou que a versão contada na produção não era verdadeira.

"Falou uma grande inverdade sobre o pó de arroz. Procure se informar sobre antes de praticar uma irresponsabilidade como a de hoje em rede nacional", disse um seguidor do Instagram. "Como assim o Fluminense obrigava negros a passarem pó de arroz no rosto? Quanta ignorância.", comentou outro perfil. "Espero que se retratem sobre a história errada do Fluminense", disse o terceiro usuário.

“Lá pelo Instagram, uma página do Flu me mandou uma mensagem dizendo que eu cometi um erro ao vivo. Na segunda-feira (23), eu vou fazer a correção e eu decidi também corrigir aqui pelas redes. A gente fez um programa sobre a consciência negra e a gente tava falando do pioneirismo do Vasco. Aí eu falo no programa que tinha clubes que escondiam a cor da pele de alguns jogadores, porque em algum momento da história do esporte, o negro não podia jogar futebol. Isso é verdade. Aí eu falo que o Fluminense usava o pó de arroz pra esconder a cor da pele dos jogadores, porque até onde eu sabia, o jogador Carlos Alberto escondia sua cor da pele com o pó de arroz. Mas essa história já foi desmentida e não é verdade”, iniciou.

“A verdade que o Carlos Alberto usava o pó de arroz, mas era um hábito dele após ele fazer a barba. Aí ele foi encontrar o seu ex-clube, o América-RJ, e a torcida tava ‘p’ com ele, queria provocá-lo e usou isso para provocar o Carlos. Isso foi perpetuando e acabou ficando. Mas isso não é verdade, o Carlos só usava o pó de arroz para o pós barba. E a torcida do Fluminense usa o pó de arroz como glória”, acrescentou.

Fernanda Maia vai se retratar ao vivo

Fernanda Maia relatou que teve acesso a história erroneamente e que contará o verdadeiro enredo ao vivo, no SBT Esporte Rio. A jornalista ressaltou que é importante explicar todos os detalhes ao público, porque muitos ainda acreditam que jogadores negros do Fluminense usavam pó de arroz para esconder a cor da pele.

“Assim como eu, que tinha acesso a história mentirosa, muita gente acha que essa história do pó de arroz é pra esconder a cor da pele e não é. Então segunda-feira, para o grande público, vou fazer essa correção, tá bom? E me desculpa para a torcida do Fluminense que conhece a verdadeira história”, concluiu.

O SBT Rio também pediu desculpas o clube carioca e publicou um vídeo contando a história do Fluminense. "No SBT Esporte Rio de hoje erramos ao falar da "origem" do apelido pó-de-arroz do Fluminense. Pedimos sinceras desculpas ao clube e seus torcedores. Segue um vídeo do Fluminense publicado no ano passado que explica um pouco mais da história", afirmou.

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