Conheça o substituto de Sikêra Jr que simula morte de bandido no ar
Em entrevista ao NaTelinha, Brunozo conta que entrou para a equipe de Sikêra após uma festinha
Publicado em 08/05/2020 às 05:16
Sikêra Jr se afastou do Alerta Nacional, da RedeTV!, no dia 23 de abril e seis dias depois testou positivo para o novo coronavírus, sendo substituído por Mayara Rocha e Bruno Fonseca, mais conhecido como Brunozo. O repórter do programa ficou conhecido pelo seu estilo divertido e também pela tamanha afinidade com o apresentador titular na frente das câmeras.
Quem conhece Brunozo não se surpreendeu com seu jeito irreverente no comando da atração policial. Com quase duas décadas de experiência, ele garante que o início não foi dos mais fáceis, mas hoje recebe o carinho do público.
“Eu trabalho em televisão há 19 anos, comecei com 11 e estou com 30. Estou na TV A Crítica, que tem hoje o programa Alerta Nacional na RedeTV!, vai fazer um ano”, relatou em entrevista exclusiva ao NaTelinha. Sua relação com Sikêra nasceu de uma festa pra lá de divertida na casa do apresentador.
“Entrei no mesmo período que o Sikêra Jr, mas ele já veio com o programa dele e eu fazia as reportagens policiais normais. Surgiu uma festinha na casa dele, porque ele queria conhecer a equipe por ser recém-chegado. Ele queria conhecer os repórteres, produtores, todo mundo e, na alegria intensa que foi na casa dele, ele viu meu jeito brincalhão de ser. Aí ele disse: ‘eu quero esse jeito no programa’. No começo eu até brinquei: ‘Será que mamãe vai gostar? Será que o pessoal vai gostar?’. O bom de tudo é que foi bem natural. O Sikêra, Sikêrinha e o Sikêrão, que surgiu na própria externa, e veio as simulações dos bandidos mortos e isso ganhou o gosto do público, pelo meu jeito de ser e que se tornou o Brunozo, como o Sikêra me chama carinhosamente”, contou.
Incansável, Bruno confessa que nunca teve um padrinho na televisão e precisou batalhar para chegar na função de apresentador do Alerta Nacional neste momento. “Desde muito cedo, saí batalhando, fui atrás. Nunca tive o QI (Quem Indica) e as coisas foram surgindo naturalmente. Sempre tive programas de destaques, acho que já fui sempre um privilegiado por ter um lance do querer, então eu sempre corri atrás, sempre fiz o meu e, graças a Deus, tudo deu certo”, explicou.
Agora que está substituindo Sikêra, ele garante que a equipe o abraçou e todos trabalham para fazer o melhor programa enquanto o titular se recupera da Covid-10. “Todo mundo tá ali junto, querendo que tudo dê certo, que as coisas funcionem. Mas é aquilo: eu não sou o Sikêra, eu sou o Brunozo, então ali na televisão, o que as pessoas estão vendo não é o Sikêra Jr, mas o Brunozo, com a identidade de Brunozo”.
Sonhos e dificuldades
Brunozo sempre foi apresentador, mas ele não fica insatisfeito em trabalhar como repórter, já que vive um dos seus melhores momentos da carreira e tem atingido milhões de brasileiros nos últimos meses.
“Então, sempre fui apresentador, já fui de outras duas emissoras: uma da afiliada da Globo e outra afiliada do SBT aqui de Manaus. Então sempre apresentei programas bem bacanas. Estou muito feliz como repórter, como Brunozo, tem dado muito certo, o Brasil abraçou o Brunozo e hoje ele representa a alegria das famílias brasileiras. Isso é uma alegria muito grande, porque isso tudo surgiu naturalmente, nada foi forçado e acho que do jeito que tá, tá fluindo”, comentou.
Questionado se ele pretende seguir no jornalismo ou sonha em ir para o entretenimento, Bruno acredita que poderá ter uma atração no estilo do Alerta Nacional, mas não faz planos no momento: “Mas se Deus me der um programa, tenho certeza que será nessa linha do entretenimento com a notícia, algo parecido ou não. Deus tá na frente de tudo e ele quem sabe”.
Chamado de louco, Brunozo não fica incomodado com o apelido. “Louco pra mim é um elogio (risos), porque fazer esse tipo de jornalismo sai realmente do padrão tradicional e deixa aí a alegria de fazer esse jornalismo que é um jornalismo que sai de qualquer formalidade e deixa a matéria muito mais gostosa de ser vista e de se colocar na cabeça das pessoas”, garantiu.
E o apresentador, que não foge de uma boa reportagem, já passou por dificuldades e perigos na sua profissão. “Uma vez nós fomos em um local que foi invadido por pessoas que não tinham casas que aqui em Manaus nós chamamos de invasão. E essa invasão tinha pessoas que moravam que eram traficantes, eram pessoas usuárias de drogas e tinham pessoas de bem também. Fomos mostrar – essa reportagem é recente – e quando eu e meu cinegrafista, o Mário Marcelo, chamado carinhosamente de Mestre dos Magos, a gente chegou e a gente foi expulso por vários traficantes armados e quase eles metem a bala na gente. Foi uma das situações difíceis”, contou.
Confira o vídeo onde Brunozo simula a morte de um bandido no Alerta Nacional:
Sikêra Jr
Quando questionado sobre Sikêra Jr, Bruno elogiou muito o colega e declarou que ficou triste ao saber que o apresentador estava com coronavírus: “O Sikêra está em isolamento, está respeitando os padrões da Covid-19, infelizmente ele pegou, mas está super bem e já já tá de volta”.
“Eu fiquei arrasado [quando soube da doença], porque o Sikêra é um homem muito forte, é um homem muito justo, é um homem muito cuidadoso. Eu, quando ia lá no programa, ele sempre tava de máscara, álcool em gel, ele sempre foi muito centrado e pra mim foi muito comovente”, acrescentou.
E a notícia de que ele assumiria o Alerta Nacional veio da direção da TV A Crítica. “Quem me informou que eu iria apresentar foi a própria direção da empresa. A gente fez um piloto valendo e, junto com a Mayara Rocha, que é outra apresentadora maravilhosa, e a própria emissora nos comunicou”, contou.
E não pense que Sikêra se incomodou com a notícia, muito pelo contrário. O comunicador deu apoio tanto para Mayara quanto para o Brunozo. “A assessoria do Sikêra informou que adoraram, que é isso mesmo e que a gente pode ir seguindo até a volta dele”, afirmou.
E para não ser uma vítima do coronavírus, Brunozo confirmou para o NaTelinha que tem tomado todos os cuidados. “Fico em casa todo dia, fico sempre de máscara, sempre com álcool em gel na mão, todos os cuidados possíveis, porque a gente não para de trabalhar”, concluiu.