Nos 50 anos de Adriana Esteves, relembre 5 personagens inesquecíveis da atriz
Criticada no início da carreira, ela deu a volta por cima com atuações antológicas
Publicado em 15/12/2019 às 16:55
Adriana Esteves completa cinco décadas de vida neste domingo, 15 de dezembro. No ar como a controladora Thelma de Amor de Mãe, a atriz tem carreira vitoriosa e é merecidamente reconhecida como um dos maiores nomes da nossa TV.
Sua primeira experiência em novelas foi nos primeiros capítulos de Vale Tudo, em 1988, como figurante. No ano seguinte, Adriana venceu um concurso no Domingão do Faustão e conquistou um papel na novela Top Model. Graça e beleza na pele da ingênua Tininha alçaram a novata ao estrelato.
Em 1990, teve em mãos um dos principais personagens de Meu Bem Meu Mal, às oito da noite. Depois da mocinha vingativa Patrícia, foram mais duas protagonistas no horário nobre: em Pedra sobre Pedra (1992), como Marina Batista, e em Renascer (1993), como Mariana.
As críticas recorrentes deste último trabalho chegaram a abalar a atriz, mas ela deu a volta por cima. Os anos seguintes foram de muito estudo e verdadeira ascensão na carreira - tanto que fica difícil elencar apenas cinco de seus melhores trabalhos na TV.
Relembre, a seguir, os personagens mais marcantes de Adriana Esteves em novelas e séries, que representaram, cada um a seu modo, verdadeiras guinadas na trajetória da atriz:
Sandrinha, de Torre de Babel
Adriana Esteves recebeu os principais prêmios do ano de 1998 por seu desempenho como a vigarista Sandrinha, de Torre de Babel. Alpinista social, ela ilude o romântico Alexandre (Marcos Palmeira) para ingressar na milionária família Toledo.
Até a música-tema de Sandrinha fez sucesso naquele ano: Só no Sapatinho, do grupo homônimo, dominou as rádios. Pela primeira vez, Adriana deu vida a uma vilã na telinha e acertou em cheio ao conferir trejeitos cômicos à pistoleira. Quem tanto a criticou outrora, foi obrigado a se calar após esse trabalho.
Catarina, de O Cravo e a Rosa
Foi novamente apostando em sua verve cômica que Adriana Esteves fez bonito em O Cravo e a Rosa, em 2000. Na novela, ambientada na década de 1920, a atriz deu vida a Catarina Batista, uma feminista que não quer nem ouvir falar em casamento.
Tudo muda quando ela se envolve com o bronco Petruchio (Eduardo Moscovis), com quem vive uma relação de amor e ódio. Além da excelente composição dos dois atores, eles mostraram química em cena e formaram um casal inesquecível.
A comédia ainda marcou outros ótimos trabalhos na carreira de Adriana, a exemplo da Lola, de Kubanacan (2003), e da Celinha, do humorístico Toma Lá Dá Cá (2007-2009).
Dalva de Oliveira, em Dalva e Herivelto - Uma Canção de Amor
Em 2010, com carreira mais que consolidada, Adriana Esteves voltou a surpreender seu público ao viver a cantora Dalva de Oliveira na minissérie que retratava sua relação com o músico Herivelto Martins (vivido por Fábio Assunção).
O desempenho dramático rendeu à protagonista uma indicação ao Emmy Internacional como melhor atriz. Adriana esteve perfeita nas diversas fases da vida de Dalva: da juventude simples ao estrelato, até a velhice, quando sua história chega ao fim de forma melancólica. Emoção à flor da pele.
Carminha, de Avenida Brasil
Avenida Brasil fez retumbante sucesso em 2012 e grande parte desse êxito se deve à vilã Carminha, ancorada no talento de sua intérprete. Cínica, imoral e intempestiva, a personagem se tornou uma das mais celebradas da teledramaturgia brasileira.
Naquele ano, não teve para ninguém: foram mais de 10 prêmios levados para casa por conta da megera mais amada do ano. Dos embates com Nina (Débora Falabella), às armações com Max (Marcello Novaes) ou enganando Tufão (Murilo Benício), Carminha consagrou Adriana Esteves como uma de nossas melhores atrizes.
Fátima, de Justiça
Poucos anos após uma personagem esfuziante, ela surpreendeu e conseguiu emocionar o público interpretando a humilde Fátima da série Justiça, em 2016.
Com atuação contida e expressões que diziam mais que qualquer texto, Adriana Esteves voltou a brilhar, agora na pele de uma mulher que é presa injustamente e, após cumprir pena, tenta retomar sua vida. O resultado: mais uma indicação ao Emmy Internacional.