Luto

Maurício Sherman, ex-diretor do Zorra e criador do Fantástico, morre aos 88 anos

Ele também foi diretor-executivo na Globo


Maurício Sherman
Maurício Sherman - Foto: Reprodução

Na manhã de quinta-feira (17), Maurício Sherman, um dos criadores do Fantástico e diretor do Zorra Total por 15 anos na Globo, morreu aos 88 anos. A causa da sua morte ainda não foi divulgada.

Ele entrou na Globo em 1965 e foi responsável por comandar diversas atrações da emissora, como o Faça Humor, Não Faça a Guerra, além de ter sido diretor-executivo da Central Globo de Produção.

"O que deu essa dimensão à televisão brasileira, na minha opinião, foi a desmesurada ambição de fazer as coisas. Nós queríamos fazer o máximo. Não nos contentávamos, não nos limitávamos aos nossos espaços. Não. Nós fazíamos, nós crescíamos", relatou ele ao Memória Globo sobre sua carreira.

Nascido em Niterói, Rio de Janeiro, no dia 21 de janeiro de 1931, Maurício se formou em direito na Universidade Federal Fluminense na década de 1940. Porém, sua paixão com as artes começou aos 13 anos, quando participou de montagens de peças de teatro em Niterói.

Ainda no início da sua carreira, atuou em diversos espetáculos ao lado de atores consagrados, como Nathália Timberg e Alberto Perez. Em 1949, recebeu o convite do ator Paulo Renato para trabalhar na Rádio Guanabara ao lado de Chico Anysio, Fernanda Montenegro e Fernando Torres.

Pouco a pouco foi ganhando espaço e chegou na televisão em 1951, na TV Tupi. No ano seguinte, chegou a TV Paulista, em São Paulo, sendo responsável por representar clássicos da literatura e do teatro.

Maurício Sherman na Globo

Luto na Globo: Morre Maurício Sherman, aos 88 anos

Voltou para Tupi em 1954 e depois passou pela TV Excelsior. Sua vida mudou totalmente em agosto de 1965, quando aceitou o convite de Mauro Salles para trabalhar na Globo, tendo como seu primeiro trabalho de diretor no Espetáculo Tonelux, apresentado por Marília Pêra, Gracindo Jr., Riva Blanche e Paulo Araújo.

Sua consagração na emissora aconteceu quando produziu o humorístico Faça Humor, Não Faça Guerra, em 1972, com Jô Soares, Paulo Silvino, entre outros. Participou da equipe de criação do Fantástico em 1973 e dirigiu a atração nos três primeiros anos, deixando a Globo para Tupi.

Voltou a emissora em 1981 e dirigiu Chico Anysio Show e Os Trapalhões. Passou pela Band em 1983 e depois aceitou cuidar da programação da Manchete, revelando Xuxa e Angélica.

Em 1988, ele retornou mais uma vez à Globo como diretor-executivo da Central Globo de Produção, desempenhando diversas funções na emissora como diretor e criador de vinhetas.

Em 1994, foi supervisor do Vídeo Show e ficou com a responsabilidade pela transformação da atração em um programa diário. Também dirigiu o Zorra Total a partir de 1999 até 2014 e o Domingão do Faustão.

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