Declaração

Galvão Bueno sobre aposentadoria: “Enquanto tiver saúde, vou trabalhar”

Narrador participou do programa "Grande Círculo"


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Galvão Bueno participou do "Grande Círculo"

Neste sábado (27) foi ao ar mais uma edição do “Grande Círculo”. O programa esportivo do SporTV recebeu Galvão Bueno, que falou detalhes da sua carreira e seu desejo de não se aposentar. Pela primeira vez, a bancada de entrevistadores contou com profissionais de emissoras concorrentes.

O apresentador Milton Leite pediu para Gustavo Villani realizar sua pergunta e o ele questionou Galvão em relação à Copa do Mundo de 1986, no México, quando a direção da Globo tirou o narrador dos jogos da seleção brasileira para colocar Osmar Santos no posto.

Bueno explicou que, na época, Osmar tinha forte apelo popular em São Paulo por conta das suas narrações esportivas no rádio. Santos também teve grande influência nas “Diretas Já” (1986). “Pensei em sair da Globo, mas conversei com a direção da casa e prevaleceu o bom senso”, explicou. “Mas fiz com muito prazer essa Copa do Mundo”, acrescentou.

Tino Marcos, considerado por Galvão um dos seus principais parceiros profissionais na emissora, contou uma história ocorrida na década de 1980, em que ele perguntou ao narrador o que faltava para sua carreira. “Você disse que gostaria de trabalhar com menos imposição dos outros”, comentou o repórter.

“Sim, eu tinha isso na minha cabeça. Meu desejo era mudar o jeito de transmitir os jogos”, falou Galvão. “Hoje o Villani fala para o goleiro jogar a luva. Quando cheguei na Globo, em 1981, era impossível. Essa relação com os comentaristas? Não existia nunca. Fui mudando isso aos poucos”, contou.

Renata Fan, liberada pela Band para participar da conversa, demonstrou admiração pelo trabalho do comunicador e afirmou que ele emociona os telespectadores. “É um prazer fazer isso. Eu trabalho com a emoção”, disse Galvão.

Em relação ao “Cala boca, Galvão”, criada em 2010 pelos internautas brasileiros durante a Copa do Mundo da África do Sul, o narrador se preocupou e acreditou que sua carreira chegaria ao fim.

“Cheguei na redação e tinha estourado isso. Fiquei assustado e pensei que era o meu fim. Conversei com a direção da casa e resolvemos levar isso na sacanagem”, comentou. “Só que o Tiago Leifert foi longe demais na ‘Central da Copa’, mandando eu calar a boca”, brincou o apresentador aos risos.

No final, ele se emocionou ao falar que não pretende parar de trabalhar. “O Chacrinha, o velho guerreiro, disse uma vez que gostaria de morrer no palco. Enquanto eu tiver saúde, e Deus permitir, vou trabalhar”, finalizou.

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