A partir do dia 1º de agosto

Shein parte para cima e faz anúncio de plano que ninguém esperava no Brasil

Plataforma chinesa vai aderir às novas regras aduaneiras para ter isenção a partir de agosto


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Shein vai aderir às novas regras aduaneiras no Brasil

A Shein decidiu reagir às críticas das grandes redes vajeristas do Brasil e anunciou que, a partir de agosto, vai aderir às novas regras aduaneiras.

Com isso, a gigante chinesa se isentará do imposto de importação de 60% para compras online de até US$ 50. A Shein deverá seguir as regras do programa Remessa Conforme, que incluem transparência e ações éticas no momento da venda.

Shein tem mais de 100 fábricas parceiras no Brasil

Para reduzir a venda de produtos fabricados na China por aqui, a empresa conta atualmente com parceria com 164 fábricas brasileiras - 114 delas em produção desde janeiro, contou o presidente do conselho da Shein para América Latina, Marcelo Claure, ao Valor.

A empresa planeja nacionalizar 85% das vendas no Brasil até 2026.

"Para os varejistas [brasileiros], a vantagem competitiva da Shein é imposta, mas isso é completamente equivocado, pois o diferencial é o modelo de negócio”, explicou o executivo, em referência ao sistema de produção sob demanda. "Temos somente 2% de inventário", completou.

Quando um produto cai no gosto do consumidor e tem grande demanda, a empresa acelera a produção dos lotes com alto giro e, em poucas horas, distribui milhares de produtos de marca própria com frete baixo.

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As marcas brasileiras acreditam que o modelo permite a entrada de produtos que não pagam impostos corretamente no país, mas Marcelo Claure garante que a Shein segue as normas locais de todos os países onde opera.

O executivo diz que a empresa está “investindo tempo e recursos” para aderir ao Remessa Conforme desde a estreia, prevista para 1º de agosto. “É ótimo que o governo acelere tudo isso”, opinou.

Como funciona o Remessa Conforme

O Ministério da Fazenda, a Receita Federal e o Governo Federal oficializaram a aplicação da Remessa Conforme. O plano tem o objetivo de simplificar a burocracia que envolve tributação em compras internacionais e passa a valer a partir do dia 1º de agosto.

A proposta só é válida para empresas que integrarem o programa da Receita. A tributação continuará sendo feita no serviço aduaneiro cotidiano para aquelas que não aderirem.

Segundo nota divulgada pelo Governo, o objetivo é tornar o processo ainda mais rápido, reduzindo custos e unificando a forma de recolher os impostos em questão.

“O Programa REMESSA CONFORME estabelece tratamento aduaneiro mais célere e econômico para empresas de comércio eletrônico que cumpram voluntariamente critérios definidos Instrução Normativa 2.146/2023”, diz um trecho do comunicado.

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