Coluna do Dia

Bastidores de Brasília: Simone Tebet ganha missão de Lula para eleições 2024

Ministra foi nomeada por Lula para juntar o partido à frente ampla na cidade


Simone Tebet em entrevista
Tebet recebeu missão especial de Lula - Foto: Reprodução/Globoplay

Simone Tebet (MDB) foi nomeada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) como responsável para negociar que o MDB apoie a candidatura de Guilherme Boulos (PSOL) para a prefeitura de São Paulo nas eleições 2024. A ministra do Planejamento recebeu a missão de convencer os caciques da sigla de que entrem no que vem se tornando uma frente-ampla de esquerda no ano que vem.

Nos bastidores de Brasília a conversa é que a missão não é tão simples. Isso porque, atualmente o MDB está com a cadeira de prefeito, através de Ricardo Nunes, que é filiado à legenda. O atual prefeito, em compensação, quer o apoio da sigla e negocia diretamente com Jair Bolsonaro (PL) e com o presidente do PL, Valdemar da Costa Neto, para tentar a reeleição apoiado pelo ex-presidente.

A condição dada por Valdemar para o PL apoiar Nunes é que ele mude para o partido e nos corredores do poder fala-se que o prefeito de São Paulo já topou e o anúncio deve acontecer em 2023. Como não tem nomes considerados fortes para lançar-se como prefeito, a tendência é que o MDB apoie algum dos nomes já colocados e a aposta geral é que continue com o atual mandatário.

É aí que entra Simone. A ministra terá que convencer o diretório estadual a apoiar Guilherme Boulos. Os caciques que mandam no MDB em Brasília já concordaram com o pedido de Lula, mas a sigla tem poder próprio nos estados e é preciso negociar. Embora não seja fácil, ela já disse a aliados que acreditar conseguir cumprir o estabelecido pelo presidente.

Marina deu a volta por cima

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O que se fala nos corredores de Brasília é que Marina Silva deu a volta por cima. Há duas semanas, a ministra do Meio Ambiente parecia emparedada pelo Centrão e pelo próprio PT, que tentavam minar a força dela. Agora, o jogo virou e a política da Rede saiu por cima da carne seca e com direito a sobras.

O pronunciamento de Marina na última segunda-feira (5) e o anúncio feito pelo ministério do Meio Ambiente com o apoio de Lula para impedir o desmatamento mostraram que ela conseguiu convencer o chefe de que estava certa e venceu a queda de braço com os rivais.

Appio vai voltar

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A aposta nos corredores de Brasília é que Eduardo Appio, juiz afastado da Lava Jato, vai voltar a qualquer momento. O laudo emitido por um especialista na última segunda-feira (5) deu ainda mais força para o argumento de que o magistrado sofre perseguição do TRF-4.

Em conversa com o NaTelinha, o advogado do juiz, Pedro Serrando, explicou que pediu liminar pela volta de Appio antes de sair o resultado do laudo. Ele lembrou que o magistrado não passou por um julgamento e não teve direito à ampla defesa e, portanto, não poderia ter sido afastado.

Rapidinhas de Brasília

  • Fernando Haddad (PT) ficou incomodado com o programa que barateia carros populares. Ele conseguiu, no entanto, burlar tudo o que foi decidido para inserir pontos que considerava importante. Sem crise com Geraldo Alckmin (PSB), autor do projeto.
  • Lula conseguiu apagar o incêndio que a Comunicação do governo vivia. Após um atrito pesado entre o ministro da Secom (Secretaria de Comunicação), Paulo Pimenta (PT) e André Janones (Avante), o presidente pediu para que aliados não briguem publicamente. Foi atendido.
  • Bolsonaro ignorou as reclamações de Ricardo Salles (PL) e sequer respondeu o deputado federal. Em seu núcleo duro, o ex-presidente disse que não iria bater boca com alguém tão pequeno.
  • João Dória sonha em voltar para a política. Ele espera que o PSDB o convide para tentar ser prefeito de São Paulo, mas nos corredores todo mundo diz que trata-se apenas de um sonho e que não haverá nenhum convite formal ou informal.
  • Geraldo Alckmin e Márcio França estão discordando em São Paulo. O ministro quer que o PSB lance Tabata Amaral como candidata a prefeita, enquanto o vice-presidente quer que a legenda apoie Guilherme Boulos, mantendo a coligação com o PT
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