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Record oficializa Igreja Universal como produtora de suas novelas

Gravações das próximas temporadas de Reis começam na semana que vem já no novo esquema


Cirillo Luna como Davi na quinta temporada de Reis
Cirillo Luna como Davi na quinta temporada de Reis - Edu Moraes/Record

A Record oficializou a Igreja Universal como produtora de suas novelas e, a partir de agora, passará a ser apenas exibidora das tramas. O novo método de trabalho é parte de uma operação financeira que tenta colocar a emissora de Edir Macedo, que também é o fundador da instituição religiosa, no azul em seu balancete fiscal de 2023.

O NaTelinha apurou que as duas próximas temporadas de Reis já começarão a ser gravadas na semana que vem já seguindo o novo esquema, e a equipe foi informada oficialmente nessa quarta-feira (4). Com o novo modelo de negócios, os folhetins bíblicos do canal serão produzidos pela Seriella Productions, empresa que tem a IURD como sócia e familiares do bispo como seus administradores.

Além de promover um encontro com o elenco no Hotel Hilton Barra, no Rio de Janeiro, a produtora enviou uma espécie de carta de boas-vindas aos integrantes da sexta e sétima temporada de Reis. "Mais uma jornada se inicia, começaremos uma nova etapa para continuarmos inspirando e entretendo milhões de pessoas no Brasil e no mundo", diz o início do texto.

"Desejamos muito sucesso nessa nova trajetória, que começa com as gravações da 6ª e 7ª temporadas de Reis! Agradecemos seu talento e dedicação para continuarmos contando essa história linda e inspiradora", termina a carta, assinada pela autora Cristiane Cardoso, filha de Edir Macedo, pelo diretor geral Leonardo Miranda e pelo vice-presidente artístico Marcelo Silva.

Record vendeu horário de novelas à Universal para acabar com prejuízo

Elenco das próximas temporadas de Reis
Elenco das próximas temporadas de Reis - Reprodução/Instagram

Em dezembro, o NaTelinha adiantou que a Record venderia sua faixa de novelas para a Igreja Universal como parte de uma estratégia que visa acabar com o prejuízo da emissora. Para a empresa, o novo modelo de trabalho gera uma boa economia, já que o canal passa a receber mais da instituição religiosa, que já comprava horários para transmitir cultos, e não terá mais gastos com dramaturgia.

Na prática, nada muda e as produções continuarão indo ao ar no mesmo horário e com basicamente o mesmo elenco de sempre, mas agora o dinheiro que entra dos pagamentos feitos pela IURD vão diretamente para a manutenção das despesas do canal, sem ter que cobrir os gastos do setor de dramaturgia, que deixou de existir.

Desde 2016, a Record não produzia por conta própria suas novelas, mas encomendava os trabalhos da Casablanca, produtora que é responsável atualmente pelo extinto RecNov. O problema era que as tramas bíblicas não se pagam e parte do dinheiro que entrava da venda de horários para a igreja cobria as despesas de produção, função que foi colocada a cargo de uma empresa comandada pela própria Universal.

O canal paulista entrou em um processo de "revalorização de meta de faturamento", que considerou um recuo substancial do mercado em 2022 e também avaliou uma projeção nada animadora para o ano que acabou de começar. Para alcançar alguma lucratividade, a emissora precisou promover alguns cortes, que atingiram até mesmo o supersalário de Rodrigo Faro.

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