Diretor envolvido em escândalo dos bitcoins volta à Record fortalecido
Fabiano Freitas foi destituído de seu antigo cargo em novembro
Publicado em 04/01/2023 às 16:25,
atualizado em 04/01/2023 às 16:31
Ex-presidente da Record Rio, Fabiano Freitas, que foi destituído do cargo em novembro do ano passado em meio ao escândalo do chamado Faraó dos Bitcoins, está voltando à rede de Edir Macedo, para ocupar um posto maior que o anterior.
Segundo apurou o NaTelinha, o ex-chefão da filial carioca da Record foi nomeado diretor nacional de marketing do canal.
O escândalo que veio à tona no fim do ano passado apontou que Fabiano teria atraído cerca de 160 pessoas, todas fiéis da Igreja Universal ou funcionários da Record, para investir dinheiro com Glaidson Acácio dos Santos.
Conhecido como Faraó dos Bitcoins, Acácio é ex-pastor da instituição religiosa e foi preso pela Polícia Federal em agosto de 2021. Somente as vítimas que teriam sido influenciadas por Freitas tiveram um prejuízo de R$ 8,7 milhões.
As investigações do Ministério Público mostraram que essas pessoas foram atraídas pela promessa de retorno de 10% ao mês com seus investimentos, porcentagem que instituições financeiras costumam pagar por ano aos seus clientes.
Porém, os investidores perderam as economias e, além de vítimas, se tornaram testemunhas no caso, que também envolve famosos. Wagner Montes (1954-2019), por exemplo, teria perdido R$ 150 mil, segundo reportagem de Ricardo Feltrin, no UOL.
Procurada sobre a nomeação de Fabiano Freitas, a Record não se manifestou até a publicação da reportagem.
Conselheiros comerciais deixam a Record
Enquanto Fabiano Freitas está de volta à Record menos de dois meses após ter seu nome envolvido no escândalo dos bitcoins, Walter Zagari e Hilton Madeira estão deixando a emissora. Os dois estavam contratados como conselheiros comerciais e não tiveram seus vínculos renovados, apurou o NaTelinha.
Em dezembro de 2021, Zagari já havia passado por uma mudança de cargo na empresa. O veterano era vice-presidente da área comercial, mas deixou o comando do departamento e passou a atuar apenas como conselheiro. Madeira, que era seu braço direito, foi com ele para o conselho, criado recentemente.
