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Sete vilãs da teledramaturgia brasileira que amamos odiar

Engraçadas, caricatas, maléficas ou sedutoras, as vilãs são peças fundamentais para o sucesso de uma novela


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Fotomontagem Divulgação

Estreia sábado (22) “As Vilãs que Amamos”, nova série documental produzida pelo Canal Viva. Criada por Hermes Frederico e com direção de Felipe Careli e Waldecir de Oliveira, a produção irá revisitar clássicos e relembrar personagens ícones da nossa TV. 

Quem sintonizar no canal a partir das 19 horas vai conferir todo processo de construção de vilãs como Odete Roitman (“Vale Tudo”), Nazaré Tedesco (“Senhora do Destino”), Carminha (“Avenida Brasil”), Branca (“Por Amor”) e Bia Falcão (“Belíssima”), entre outras.

Ao todo, a atração conta com 16 episódios e para cada capítulo há uma atriz convidada a falar sobre a importância das antagonistas dentro das tramas e o que as torna odiadas e amadas na mesma proporção pelos telespectadores. 

Estão confirmadas Regina Duarte, Fernanda Montenegro, Lília Cabral, Susana Vieira, Claudia Abreu, Eva Wilma, Nathália Timberg, Cássia Kis, Marieta Severo, Lea Garcia, Laura Cardoso, Joana Fomm, Glória Menezes, Renata Sorrah, Gloria Pires e Adriana Esteves.

Além das estrelas, o programa irá contar, ainda, com a participação dos autores Aguinaldo Silva, Benedito Ruy Barbosa, Manoel Carlos, Gilberto Braga, e Silvio de Abreu. O programa pode ser acessado também pelo Viva Play. 
 
Confira 7 vilãs da teledramaturgia brasileira que amamos odiar 
 
Engraçadas, caricatas, maléficas ou sedutoras. Pegando carona na nova atração do Viva, o NaTelinha destaca 7 vilãs que entraram para a história da teledramaturgia brasileira e provocou uma explosão de sentimentos nos telespectadores. Confira! 

Sete vilãs da teledramaturgia brasileira que amamos odiar

Odete Roitman, “Vale Tudo” (1988)

Impossível falar de vilã sem se lembrar de Odete Roitman, personagem interpretada brilhantemente pela saudosa Beatriz Segall em “Vale Tudo”, um dos maiores sucessos de Gilberto Braga. Na trama, ela era uma importante empresária do ramo de aviação que odiava pobre e tudo o que lembrava o Brasil, país que fazia questão de intitular subdesenvolvido. Sua natureza era má, embora achasse a coisa mais natural humilhar os outros. Controladora, manipulava a todos da sua família, infernizando, em especial, os filhos Afonso (Cássio Gabus Mendes) e Heleninha (Renata Sorrah), a quem foi capaz de fazer acreditar ser culpada pela morte de um dos seus irmãos. Assassinada na reta final da trama, os últimos capítulos foram dedicados a descobrirem quem foi o responsável pela morte da vilã.

Sete vilãs da teledramaturgia brasileira que amamos odiar

Perpétua, “Tieta” (1989)

Escrita por Aguinaldo Silva e baseada no romance de Jorge Amado, “Tieta” contava a história de Antonieta Esteves (Claudia Ohana/Betty Faria), uma moça muito bonita do sertão da Bahia que foi expulsa pelo pai e demais moradores da cidade por causa do seu “sex appeal”. Vinte anos depois, ela retorna à Santana do Agreste rica e com sede de vingança. Uma das principais culpadas pelo calvário de Tieta era sua irmã Perpétua (Joana Fomm), a principal carola da cidade e que gostava de manipular a vida de todos, amigos, familiares e vizinhança. A beata era a típica mulher invejosa, interesseira, preconceituosa e mal-amada. Sua ruindade partia destes predicados e que serviam de precedentes para ela dominar quem estava a sua volta uma vez que atingia seus desafetos bem nos seus pontos fracos. Perpétua era também o tipo de vilã caricata, que sempre se fazia de vítima na esperança de não mostrar sua verdadeira faceta. Foi capaz de jogar o filho mais velho e seminarista, Ricardo (Cássio Gabus Mendes), para cima da irmã na tentativa que a ricaça deixasse sua herança para os sobrinhos e mesmo sabendo que despertou algo entre eles, se fez de desentendida ao invés de impedir o incesto por puro interesse.   

Sete vilãs da teledramaturgia brasileira que amamos odiar

Raquel, “Mulheres de Areia” (1993)

De Ivani Ribeiro, a novela teve duas versões, uma em 1973 e a outra 20 anos depois. Na trama, as gêmeas Ruth e Raquel, interpretadas por Glória Pires no remake, são como a água e o vinho. Filhas de um pescador e de uma dona de casa, Ruth é uma doce professora, tímida, ingênua e muito próxima ao pai, enquanto que Raquel é uma mulher forte, interesseira e sedutora, que tem vergonha das suas origens e encontra na mãe o apoio para suas falcatruas. Ela vê a chance de enriquecer quando sua irmã se apaixona por Marcos (Guilherme Fontes), filho de um grande empresário, Virgílio Assunção (Raul Cortez), e ele a contrata para se fazer passar por Ruth e terminar o namoro com o rapaz, mas ao invés disso ela passa a perna nele e na irmã, e conquista Marcos. Raquel não ama o jovem, apenas foi capaz de fazer tamanha maldade só para sair da “miséria” e levar uma vida de luxo. Má, é o tipo de mulher fria, calculista e que se acha melhor do que os outros. Por isso, ela humilha sem piedade e não mede esforços para conseguir o que almeja. Seu principal alvo é Tonho da Lua (Marcos Frota), um rapaz com problemas psicológicos que vive de fazer esculturas na areia, obras estas que ela adora desmanchar por puro prazer, atiçando o ódio que ele sente por ela. Em um determinado momento, Raquel some no mar e Ruth acaba assumindo sua identidade e reconquistando Marcos. Quando a víbora descobre, arma um plano de vingança contra quem julga culpado por sua perda.    

Sete vilãs da teledramaturgia brasileira que amamos odiar

Branca Letícia de Barros Mota, “Por Amor” (1997)

Na trama escrita por Manoel Carlos e atualmente reprisada pelo Vale a Pena Ver de Novo, Branca Letícia de Barros Mota (Susana Vieira) é uma socialite emergente, casada com um empresário do ramo da construção civil. Mãe de três filhos, Marcelo (Fábio Assunção), Milena (Carolina Ferraz) e Leonardo (Murilo Benício), apenas o primogênito tinha o seu amor. Na verdade, Branca acreditava que ele era filho de Atílio (Antônio Fagundes), um engenheiro com quem havia tido um caso na juventude e grande amor da sua vida. Controladora, sua maldade era mais direcionada aos outros dois filhos, intitulados inúteis por ela. Suas justificativas eram sempre em defesa da família, sendo que presava mesmo era pelos bens materiais. Por conta disso, foi capaz de armar para que Nando (Eduardo Moscovis) fosse preso por um crime que não cometeu só para separá-lo da filha, uma vez que o rapaz era apenas um piloto de helicóptero. Só uma coisa era capaz de tirar o brio de Branca, seus sentimentos quase que doentios por Atílio. Ironicamente, na reta final da trama ela revela que o filho mais velho é dela com o ex-amante, mas como eles estiveram juntos mais de uma vez, todos os três se submetem ao exame de DNA e o resultado sai a favor de Leonardo, aquele que ela mais desprezava. 

Sete vilãs da teledramaturgia brasileira que amamos odiar

Laura Prudente de Moraes, “Celebridade” (2003)

Escrita por Gilberto Braga, a novela abordava a busca pela fama e o mundo das celebridades. Focava na vida de Maria Clara Diniz (Malu Mader), uma ex-modelo e produtora musical que se tornou conhecida depois de se tornar famosa como a “Musa do Verão”, música supostamente composta pelo ex-noivo que foi assassinado. De repente, surge Laura Prudente de Moraes (Claudia Abreu), uma moça que se aproxima como sendo fã da empresária e consegue se tornar sua assistente. Na verdade, a jovem culpa Maria Clara pela morte da sua mãe, quando ela ainda era uma criança, logo depois que seu padrasto, Ubaldo (Paulo Gracindo Jr.), o verdadeiro autor da canção “Musa do Verão”, foi roubado pelo empresário e “padrinho” da Maria Clara, Lineu Vasconcelos (Hugo Carvana), matou o noivo da modelo e acabou passando anos na prisão. Laura é o tipo de vilã movida pelo rancor e a inveja. Ela acredita que a justiça virá se tirar tudo de material que a empresária tem, quando, na verdade, ela quer a vida da Maria Clara para ela. E faz de tudo para se tornar uma cópia mal feita da sua rival, o que não é possível porque lhe falta carisma e talento.  

Sete vilãs da teledramaturgia brasileira que amamos odiar

Nazaré Tedesco, “Senhora do Destino” (2004)

Aqui está uma das vilãs mais amadas da teledramaturgia. Criada por Aguinaldo Silva, Nazaré Tedesco (Adriana Esteves/Renata Sorrah) quando jovem era uma garota de programa em busca de conseguir um bom casamento. Para isso, ela foi capaz de se fazer passar por enfermeira e roubar a bebê Lindalva, filha de Maria do Carmo (Carolina Dieckmann/Susana Vieira), e fingir se sua com um homem com quem se envolveu. Anos se passaram e a trama mostrava a luta da nordestina em busca de reencontrar a criança. Apesar dos motivos torpes que a levaram a fazer tamanha ruindade, Nazaré criou a menina como filha, a quem batizou de Isabel (Carolina Dieckmann), e do seu jeito torto amava a moça. A ex-prostituta era o tipo de vilã debochada, sem papas na língua e com uma autoestima invejada. Tanto, que vive se chamando de “gostosa”. Apesar de se mostrar para vizinhança como uma mulher digna e acima de qualquer suspeita, os anos não foram capazes de apagar seu passado. Nazaré se deixa levar pela luxúria, dando em cima de qualquer homem que julgar interessante, e é muito ambiciosa. Quando descobre que a mãe verdadeira de Isabel está muito bem de vida chega a chantageá-la na esperança de lhe arrancar dinheiro. Por outro lado, sempre que alguém chega perto de desmascará-la, ela dá um jeito de “calar” a pessoa e a melhor forma é empurrando a vítima da escada da sua casa.

Sete vilãs da teledramaturgia brasileira que amamos odiar

Carminha, “Avenida Brasil” (2012)

A responsável por este grande fenômeno da televisão brasileira é Carminha (Adriana Estevez), vilã criada por João Emanuel Carneiro. Na trama, ela é uma mulher interesseira em busca de subir na vida. Na primeira fase, ela se casa com Genésio (Tony Ramos), viúvo e pai de uma menina chamada Rita (Mel Maia), a quem pretende aplicar um golpe com a ajuda do amante, Maxwell (Marcelo Novaes), mas é desmascarada pela menina. Depois de uma discussão, ele sai em disparada e morre acidentalmente, atropelado por Tufão (Murilo Benício), um jogador de futebol em ascensão. Com pena da viúva, o atleta se aproxima de Carminha e ela vê ali a chance de subir na vida. Então, a malvada abandona a enteada em um lixão, consegue separar o jogador da namorada, Monalisa (Heloísa Pérrisé), e se casa com ele, passando a levar uma vida luxuosa. Enquanto isso, a pequena Rita é adotada por um casal e criada na Argentina. Anos depois, ela retorna como a chef de cozinha Nina trazendo na bagagem um plano de vingança contra a madrasta. Carminha é uma mulher cafona e cruel, do tipo que adora ostentar. Sem sentimentos, é capaz de trair o marido por anos e de usar do seu poder de persuasão e de conquista para alcança o que deseja. E um dos embates mais forte entre ela e Rita/Nina, enterrou a jovem viva e foi dormir como quem acabou de assistir um filme na TV.  Vale lembrar que a frase "A culpa é da Rita", repetida incansavelmente por Carminha, se tornou um famoso bordão. 

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