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Briga entre Globo e Turner faz clássico Paranaense não ser realizado


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Foto: Reprodução
Na tarde deste domingo (19), o clássico entre Atlético Paranaense e Coritiba, válido pelo Campeonato Paranaense, não aconteceu por conta da transmissão feita pelo YouTube e Facebook oficial de ambos os times. 
 
Segundo informações feitas na própria transmissão, o jogo não foi realizado por conta da Federação Paranaense de Futebol, que na última hora não permitiu que ele começasse com a exibição nas redes sociais. 
 
Ela alegou que o contrato com a Globo não permitia isso. No entanto, até este sábado (18), segundo jornais locais, a Federação dizia permitir a exibição, já que Atlético e Coritiba não venderam seus direitos para a emissora carioca. 
 
Já segundo informações colhidas em primeira-mão pela reportagem do NaTelinha, esta foi mais uma batalha entre Esporte Interativo/Turner e Globo por direitos de transmissão. 
 
Até sexta-feira (17), de acordo com jornais locais do Paraná, a transmissão seria feita com cronistas de esporte locais. No sábado, tudo mudou: contratados do Esporte Interativo foram escalados para a transmissão e o EI daria apoio técnico como produtora para a partida ser transmitida de forma mais profissional. 
 
 
Foi o que houve neste domingo. Os GCs da transmissão eram do padrão de campeonatos estaduais feitos pelo EI, como o Cearense, por exemplo. O narrador e comentarista eram Giovani Martinello e Felipe Rolim, também pertencentes ao quadro de funcionários do EI. 
 
Além deles, Bruna Dealtry, repórter da emissora, também fez a transmissão, juntamente com as apresentadoras dos canais oficiais de Atlético Paranaense e Coritiba, Carol Carvalho e Jaqueline Baumel. 
 
Vendo isso, a ordem foi vetar a transmissão da forma como estava acontecendo, por conta do "padrão Turner", hoje principal concorrente da Globo nos direitos esportivos. Depois de um grande briga e mais de uma hora de discussão, a partida foi cancelada, com os jogadores de ambos os lados ovacionando a torcida, que gritava "vergonha" contra a FPF.
 
Contabilizando todas as plataformas de transmissão, incluindo YouTube e Facebook, chegou próximo as 285 mil pessoas vendo simultaneamente, algo impressionante para uma exibição na internet. 
 
Diretor de marketing do Atlético Paranaense, Mauro Holmzann explicou a situação e se disse perplexo com tal situação: "Queria explicar para as duas torcidas. Atlético-PR e Coritiba não venderam seu direitos (de transmissão) por essa esmola que a Globo quis pagar e hoje estamos fazendo transmissão gratuita pelo Facebook e Youtube. a FPF de forma absurda não quer que o jogo comece se não pararmos a transmissão. Os dois clubes não venderam direitos. Resolvemos fazer transmissão independente e gratuita. Nossa produtora não é ligada a nenhuma TV. Então, não vai ter jogo. Os técnicos estão de acordo". 
 
Procurada pelo NaTelinha, a assessoria do Esporte Interativo explicou que seus profissionais estavam no estádio e pediram autorização para fazer um trabalho free-lancer para os clubes, sendo liberados pelo canal.
 
Também consultada, a Central Globo de Comunicação emitiu a seguinte nota: "O Grupo Globo não tem contrato vigente com Atlético-PR e com o Coritiba nesta edição do campeonato paranaense. Portanto não temos relação com a decisão dos clubes e da Federação de não realizar a partida. Entendemos que cabe aos clubes dispor livremente dos direitos nos jogos em que se enfrentam, e estávamos cientes inclusive da transmissão via Internet".
 
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