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SC: Raphael Polito fala sobre novo "Balanço": "É muito bom voltar pra casa"

Apresentador é o novo reforço da RIC TV Record em Florianópolis


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Raphael Polito será o novo âncora do "Balanço Geral" em Florianópolis - Foto: Flávio Tin
Com passagens por Belém, Belo Horizonte, São Paulo e Santos, Raphael Polito, âncora da Record, acaba de desembarcar em Florianópolis, onde comandará o novo "Balanço Geral" na RIC TV Record a partir do dia 5 de dezembro.
 
Polito, que tem larga experiência no jornalismo policial (em seu currículo está o bem-sucedido "Balanço Geral - Casos de Polícia", líder de audiência em Belém, no Pará), é um apaixonado pela notícia e nem mesmo uma tentativa de homicídio (em 2013, também em Belém) o afastou do gênero - embora tenha feito com que saísse às pressas da cidade. "Jamais pensei em abandonar a profissão. Eu sou um eterno apaixonado pelo que faço", pontua.
 
Mais recente aposta do Grupo RIC para alavancar seus índices de audiência na faixa do almoço na capital de Santa Catarina, Raphael Polito trará consigo outras novidades: o nome "Balanço Geral", por exemplo, volta a ser usado após quase nove anos - o título foi aposentado no começo de 2008 com a afiliação da Rede SC à Record e o abandono da marca Record Santa Catarina - que se transformou em Record News. A duração do noticiário, atualmente de 1h15, mais que dobrará e atingirá 2h45. 
 
Também despontam como novidades o novo formato, que apostará em um estilo menos formal e mais descontraído - com mais participações ao vivo, e a chegada do quadro "A Hora da Venenosa", sucesso em São Paulo sob o comando de Fabíola Reipert e em outras praças do país, como no Rio de Janeiro, com Amin Khader, e Sabrinna Albert, em Brasília.
 
As novidades terão peso ainda mais importante porque antecedem as mudanças na RBS TV, que deverá passar por profundas alterações em 2017. Com a venda dos negócios do Grupo RBS em Santa Catarina para o Grupo NC, de Carlos Sanchez, a própria RBS TV ganhará um novo nome assim como seus jornais - o que atingirá em cheio o tradicional "Jornal do Almoço", que por diversas vezes já foi a maior audiência local de um noticiário da Rede Globo em todo o Brasil.
 
O NaTelinha conversou com Raphael Polito, que assinou contrato com a RIC TV Record na última segunda-feira (14). 
 
Confira:
 
NaTelinha: Você está de volta a Santa Catarina após alguns anos fora do Sul. Como está sendo este retorno?
 
Raphael Polito: Espetacular! É muito bom voltar pra casa. A melhor fase da minha vida eu passei aqui em Santa Catarina. É onde está minha família, onde estudei e me formei jornalista. Foi aqui, no Sul, que comecei minha carreira.  Ver minhas filhas crescerem perto dos avós e poder conciliar isso ao amor que tenho pela profissão não tem preço. A oportunidade de voltar para este Estado é mágica. 
 
NaTelinha: O seu regresso também marca a mudança de nome do “Jornal do Meio Dia”, que vira “Balanço Geral” e passa a ter 2h45. Quais serão as principais apostas neste novo formato e nessa virada de chave?
 
Raphael Polito: A mudança é mais profunda. Vai muito além da alteração do nome. Hoje, o que temos é um jornal. A partir de 5 de dezembro teremos um programa. Ele vai ser essencialmente mais solto. A grande qualidade do Balanço Geral é a capacidade que tem de ser mutável. O programa de hoje nunca será igual ao de amanhã. Essa flexibilidade torna a experiência de assistir mais gostosa e traz o telespectador pra dentro da televisão. Ser diferente de tudo que já existe por aqui é nosso grande desafio. Vamos estar mais ao vivo em pontos diferentes; interagir mais com o público; contar histórias com profundidade, tempo e qualidade; mesclar notícias e entretenimento. No estúdio o céu é o limite! Vamos ultrapassar o jeito convencional de exibir. Tenho convicção que nossa equipe vai se superar.
 
NaTelinha:  O “Jornal do Meio Dia” tinha 1h15 de duração. Haverá conteúdo para mais que o dobro de tempo que a atração vai ter com essa reformulação?
 
Raphael Polito: Sem dúvida, a característica forte da RIC TV Record sempre foi valorizar  o conteúdo regional, agora isso se amplia. Somos todos versáteis. Um jornalista da equipe pode escrever uma reportagem em formato hardnews e ao mesmo tempo ter desenvoltura e experiência suficientes pra desdobrar o mesmo assunto de forma irreverente. As reportagens não vão apenas ganhar corpo, mas também a interatividade com quem está inserido na notícia. E tem mais, o programa vai ser encorpado com quadros de sucesso, como “A Hora da Venenosa”. Formato de sucesso, que garante grande audiência em todo país. São momentos especiais, criados para deixar a hora do almoço mais atrativa, diferente, informativa e gostosa de se ver.
 
NaTelinha:  Você, apesar de ser do Sul, não tem uma ligação direta com o telespectador de Florianópolis – algo que âncoras como Karem Fabiani e Hélio Costa têm e que o “Jornal do Almoço”, com Laine Valgas e Mário Motta, também. Não teme rejeição da população e que eles optem por nomes da cidade?
 
Raphael Polito: De forma alguma. Comecei na Record Itajaí. Pouco tempo depois, fui convidado a integrar a equipe da Record Florianópolis. Fiz parte da equipe do Hélio Costa no Balanço Geral. Atuo no cenário nacional há algum tempo e tenho um grande envolvimento com Santa Catarina. Tudo começou aqui. Fui estudante da UNIVALI. Foi onde aprendi a ser o profissional que sou. Minha escola é catarinense. Nos últimos anos passei por Belo Horizonte, Santos, Belém, Brasília. E claro, São Paulo, onde nasci. Onde fui integrar com maior carinho a equipe do Marcelo Rezende. Agora, assumo um novo compromisso. Confiante que essa bagagem que consegui adquirir me transformou num profissional e numa pessoa melhor. Venho somar esforços à Grande Florianópolis.
 
NaTelinha:  Na época em que comandou o “Balanço Geral” do Pará, você sofreu uma tentativa de homicídio. O que mudou de lá para cá em sua vida, tanto profissional como pessoal? Não teme novos ataques?
 
Raphael Polito: Foi uma fase difícil. Eu apresentava na época o Balanço Geral Casos de Polícia e o Cidade Alerta Pará. Foi algo pontual. Perdoei o rapaz que cometeu esse ato impensado, acredito na recuperação desse menino. A vingança que ele pretendia não era contra o apresentador Polito, mas sim, um ato de revolta pessoal contra o grupo. Infelizmente, na ocasião, minha esposa viu tudo de perto e por pouco também não acabou atacada. O trauma nos fez sair de Belém onde vivíamos muito bem e estávamos felizes. Mas, superamos esse passado com a convicção de que essa foi outra grande lição de vida. Entendemos que toda experiência é válida, mesmo que seja ruim. Esse incidente me ajudou a ser alguém melhor e como tudo na vida, tento absorver sempre o lado positivo.
 
NaTelinha:  Após a tentativa de homicídio, não pensou em largar o jornalismo policial e se dedicar a uma área menos arriscada?
 
Raphael Polito: Jamais pensei em abandonar a profissão. Eu sou um eterno apaixonado pelo que faço. Eu sinto prazer quando escrevo, quando conto uma história e gosto de estar junto às pessoas. Não há nada igual a um olho no olho. Ao fato de estar ali, dentro de uma comunidade para sentir os cheiros, tocar as pessoas, vivenciar o que o brasileiro enfrenta, seja onde for. Apesar da proporção continental do nosso país, as barreiras sociais, culturais, econômicas e políticas são idênticas em todas as regiões. Por isso não desisto da velha caneta e papel. E ainda acredito que podemos mudar esse cenário. Nós, comunicadores, temos uma importante arma nessa batalha: a informação. Levo a sério o fato de ter esse poder de mudar e formar opiniões. Por isso, não tenho receio de arriscar. Para uma história ser autêntica ela precisa unir os sentidos da situação reportada.  Se o risco é real, é preciso coragem pra superá-lo.
 
NaTelinha:  Ao longo dos últimos anos, você já passou por cidades como Belém, Belo Horizonte, São Paulo e agora Florianópolis. Como encara essas mudanças?
 
Raphael Polito: Eu adoro mudar. Vivenciar costumes diferentes é uma experiência incrível. Tive prazer de no dia a dia comer maniçoba (um prato feito com maniva, a folha da mandioca) ou tacacá (prato feito com o suco da mandioca), de ir ao Mercado “Ver o Peso” ou às Docas tomar um chope de Bacuri. De ser abraçado pela população de Minas que tem um jeito único de receber. Houve chance de ir aos melhores teatros em São Paulo, de estar diante da cidade cosmopolita, de enfrentar o transito surreal, claro. Ao mesmo tempo pude estar presente nos grandes eventos da capital paulista e estar inserido no furacão da comunicação nacional do eixo Rio-São Paulo. Assim como foi delicioso curtir Balneário Camboriú, a beira-rio de Itajaí, comer a deliciosa tainha e acompanhar de perto tradições únicas do vale. Prazer que se estende às experiências sensacionais de aproveitar o circuito das ostras do Ribeirão da ilha, onde sonho morar, a Lagoa da Conceição e as dunas da Joaquina. Tenho lembranças que quero reviver em Santo Antônio de Lisboa e Campeche. Amigos que pretendo rever na Palhoça e Biguaçu. Cada mudança adiciona em mim um pedaço desse país que me faz bem. Tudo é válido quando a mudança é pra melhor.
 
NaTelinha:  Devido a essas passagens por várias cidades, você se tornou um nome conhecido nacionalmente e agora será ainda mais pelo público de Florianópolis. Que mensagem tem para quem te acompanha e irá acompanhar com o novo “Balanço Geral”?
 
Raphael Polito:  Balaaaaaançaaaaaa Floripa! Eu sou o que sou. O Polito que vai sentar pra almoçar no Mercado Público ou nos Ingleses, que vai à Mole ou à Lagoa da Conceição tomar Sol é o mesmo que vai estar no programa. Quem vive na região pode esperar alguém proativo. Um comunicador que pretende ir além do fato, de simplesmente noticiar. Crítico, sim. Meu desejo é trazer a população pra dentro do BG. Juntos vamos sorrir, chorar, vamos brigar por melhorias, vamos comemorar as vitórias e vamos conduzir o programa para uma nova fase. Onde a hora do almoço não será mais a mesma. Espero todo mundo ligadinho, dia 5 de dezembro, na RIC TV Record. É muito bom estar volta.
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