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De Mato Grosso do Sul a Sergipe: como jornalista da Globo achou a felicidade


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Fotos: Reprodução

No mercado de jornalistas, não é raro mudanças de cidade. Muito pelo contrário. Existem vários casos de âncoras, repórteres, editores e outros que mudam de lugar como quem troca de roupa.

Porém, há aqueles que se mudam da cidade natal e fixam residência em um local muito longe de suas casas originárias. Nem por isso é ruim. A saudade pode pesar, mas a felicidade definitivamente foi achada.

É o caso de Priscilla Bittencourt, repórter de rede da TV Sergipe, afiliada da Globo no estado. Priscilla é natural de Campo Grande, capital do Mato Grosso do Sul. Recém completando 30 anos, a jornalista mora em Aracaju desde 2013, juntamente com o marido, um biólogo.

Priscilla recebeu a reportagem do NaTelinha em seu condomínio, de forma simples: sandália, vestido comum e com um sorriso incrível estampado no rosto. Mesmo tendo perdido os pais cedo, quando ainda era criança, sendo criada pela tia, ela hoje diz que é bem feliz na cidade nordestina. Aos risos, pede desculpa por um fato: "Eu sei que te receberia no meu apartamento, mas meu marido é muito tímido".

Em mais de 20 minutos de conversa, Priscilla contou que entrou no jornalismo por acaso e acabou se apaixonando. Seu sonho mesmo era ser atriz, mas como boa parte dos que sonham assim, teve que abdicar pelas dificuldades locais.

"Eu fazia teatro durante muitos anos. Trabalhei dos 10 anos até terminar a faculdade. Mas eu moro numa cidade que não existia essa graduação. Quando entrei na faculdade, eu tinha 17 anos, sempre quis ser atriz, mas fui para o jornalismo porque era comunicativa, gostava de escrever, de falar. E durante o curso fui me apaixonando pelo jornalismo, e hoje faço com muito amor", afirma.

Priscilla conta como virou profissional na TV e o começo no Mato Grosso do Sul: "Eu trabalhei no interior do Mato Grosso primeiramente, na afiliada da Globo de lá, em Tangará da Serra. Depois, vim para a capital, e fiz de tudo. Produzi, apresentei, fui repórter, fiz muita coisa mesmo. Mas eu sempre quis sair de lá. Eu acho que um jornalista não deve ficar sempre em sua zona de conforto, na sua cidade. Acho que ele deve explorar outras cidades, outros lugares".

Realmente, Priscilla Bittencourt explorou. Virou o Brasil, saiu da fronteira com a Bolívia e Paraguai e foi para o Nordeste. Questionada sobre como foi parar em Aracaju, ela responde: "A gente, meu marido e eu, sempre quis morar perto da praia, ainda mais ele que é biólogo. Ele recebeu uma proposta daqui, e eu topei vir. Fiz uns contatos com o pessoal daqui. E fui contratada. Hoje eu faço reportagens de rede, locais, apresento algumas vezes. Sou muito feliz".

A jornalista, no entanto, não esconde que o início foi um pouco difícil: "Eu cheguei pouco antes das manifestações de 2013, tinha quinze dias de casa e já fui cobrir. O pessoal que protestava ficou na bronca dizendo que a TV Sergipe tinha 'mandado a estagiária'. Naquele dia, fui xingada, cercaram o nosso carro, quebraram tudo. Foi bem assustador".

Quem assiste ao "Bem Estar", exibido todas as manhãs pela Globo, sabe que Priscilla é figurinha fácil. Já fez diversas pautas e já apareceu até tomando água de côco em uma passagem. A jornalista fala com muito carinho do programa de saúde: "Aracaju é uma espécie de sucursal do programa no Nordeste. Mesmo pautas que eles podem fazer lá, mandam para cá. Eu também substituí a repórter fixa do programa em São Paulo, por 15 dias, e aprendi muito. Toda semana tem uma pauta especial, eles sempre planejam algo para nós".

Por fim, a repórter diz que precisa fazer um agradecimento público especial a equipe de rede da TV Sergipe: "É uma equipe aguerrida, que dá sempre o melhor. Unida, dedicada, incrível mesmo de trabalhar. Eu tenho muito orgulho de trabalhar com os profissionais que me ajudam, que são realmente amantes do que fazem!".

Terminada a entrevista, Priscilla agradece o papo e promete: "Na próxima, eu faço um café pra você". O sorriso estampado, do início, novamente aparece. Definitivamente, a felicidade está lá, com ela.

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