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MPF quer que "Cidade Alerta" se retrate por incitação à violência


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Divulgação/TV Record

O apresentador Marcelo Rezende e a Rede Record estão sendo alvos de uma ação civil pública por declarações feitas pelo jornalista no "Cidade Alerta" durante uma cena policial ao vivo.

A ação, disponível no site do MPF de São Paulo, pede que a emissora transmita uma retratação, com o mesmo tempo de duração da reportagem, e que a União fiscalize o conteúdo veiculado pelo programa. O órgão alega que houve "incitação à violência". Em caso de descumprimento, o canal deve pagar multa de 97 mil reais por dia. 

A perseguição ocorreu na zona sul de São Paulo em 23 de junho do ano passado. As imagens, gravadas por helicóptero, mostravam uma dupla perseguida por um policial. Ao narrar o que ocorria, Rezende teria feito declarações contra os suspeitos. O apresentador atribuiu a eles a autoria do crime de roubo e pediu que o PM atirasse.

Na época, a Record justificou que, pelo fato de ter sido uma transmissão em tempo real, não havia possibilidade de escolher as imagens que seriam veiculadas e que também não era possível prever o fim da ação. Disse ainda que a nitidez das imagens estava prejudicada, o que tornava impossível identificar os envolvidos.

O autor da ação, o procurador Pedro Antonio de Oliveira Machado, avaliou que as imagens exibidas eram inapropriadas para o horário e não respeitavam a finalidade educativa e cultural a que as emissoras devem cumprir. Vale ressaltar que a Band também exibiu perseguição semelhante no mesmo horário, dentro do "Brasil Urgente", comandado por Datena.

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