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Danilo Gentili não precisará dar explicações ao Instituto Lula, diz Justiça

Apresentador e humorista fez piada com "atentado à bomba"


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Divulgação/SBT

Conforme noticiado anteriormente pelo NaTelinha, o Instituto Lula entrou com um pedido de explicações na Justiça contra o apresentador do SBT, Danilo Gentili, por ele insinuar que o atentado à bomba sofrido pela entidade em julho seria forjado.

No entanto, segundo o jornal O Estado de São Paulo, Gentili não terá que dar explicação alguma. O pedido do Instituto foi negado pelo juiz Carlos Eduardo Lora Franco, da 3ª Vara Criminal de São Paulo, que rejeitou liminarmente a interpelação judicial.

Segundo o juiz disse em sua sentença, ele entendeu que o apresentador do "The Noite" pode ter feito uma calúnia, mas não uma difamação. Como a entidade é registrada em pessoa jurídica, não caberia entrar com tal ação na Justiça.

"A frase publicada, se crime contra a honra caracterizasse, ao imputar um fato específico, e criminoso, implicaria no crime de calúnia. Mas uma pessoa jurídica, como é o interpelante (Instituto Lula), não pode praticar crimes e, portanto, não pode ser vítima do crime de calúnia", afirmou o magistrado na sentença.



Além disso, o juiz entendeu que Gentili só cumpriu com sua profissão de humorista: contou uma piada: "Assim mais que óbvio que aquela frase nada mais é do que uma evidente piada. Fosse tal afirmação na rede social de um jornalista respeitado e de credibilidade sem dúvida alguma se poderia cogitar de algum crime contra a honra".

Por fim, o magistrado lamenta o "patrulhamento sem precedentes" no país e afirma que a "liberdade de expressão só existe quando se permite ao outro falar exatamente aquilo de que se mais discorda".

Logo após a sentença, que saiu na noite da última sexta-feira (21), o Instituto Lula falou sobre o caso, através de seus advogados. Eles ainda estudam recorrer da decisão. "Diante do fato de que a palavra de Danilo Gentili não vale nada, vamos avaliar se vale a pena continuar com a interpelação, já que o próprio falou que não é racional levá-lo a sério e a Justiça confirmou que a palavra dele não vale nada", afirmaram em nota os advogados.

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