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Sem dinheiro e em crise, Cultura investe em enlatados infantis e se dá bem


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Divulgação

Desde o início do ano, a TV Cultura está em uma crise financeira sem precedentes. De lá para cá, cerca de 70 profissionais foram demitidos, e programas como "Provocações" foram cancelados, quando esperavam-se sua continuidade.

Além disso, apresentadores renomados como Marina Person, que há três anos apresentava o "Metrópolis", foram mandados embora sem maiores explicações. Uma greve em julho, por conta da falta de pagamentos um bônus prometido em 2014, acentuou todos os problemas.

Sem dinheiro para investir em programação, a Cultura decidiu adquirir algo que dá audiência certa: enlatados infantis. Só este ano, desenhos como "Clube da Winx", "Rocket Power" e o famoso "Peppa Pig" entraram na grade do canal. Além disso, a reprise da série "Castelo Rá-Tim-Bum" foi fixada de vez na faixa das 19h30.

Segundo levantamento do NaTelinha, feito com base na programação disponível no site do canal, a Cultura dedica cerca de 13 horas e meia de sua programação aos enlatados, sendo 11 horas e meia somente com infantis - os outros são os seriados "Doctor Who" e "Mad Man".

A conduta é questionável, mas não dá para dizer que não faz sucesso: "Peppa Pig" marcou 1,6 ponto nesta segunda (03). No entanto, a maior audiência foi de "Castelo Rá-Tim-Bum": entre 19h30 e 20h, o programa educativo fechou com 2,1 pontos de média e 3 de pico, sendo o maior Ibope diário da Cultura.

A emissora pública, mesmo em má fase, ainda se posiciona à frente da RedeTV!, sua principal concorrente. Na média-dia, entre 7h e 0h, foi 1,2 ponto para a TV Cultura contra 0,9 do canal de Amilcare Dallevo. Os números são referentes à Grande São Paulo.
 

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