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Relembre cinco desenhos japoneses que bombaram no Brasil

Entre a década de 1990 e início dos anos 2000, Japão exportou grandes sucessos de animação para o Brasil


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Cinco grandes sucessos do Japão que desembarcaram no Brasil - Foto Montagem/NaTelinha
O Brasil sempre foi um mercado consumidor de desenhos animados. Produtos da Warner e Disney sempre fizeram sucesso por aqui, mas no final da década de 90 e início dos anos 2000, o mercado oriental começou a ganhar a criançada brasileira.
 
Os japoneses, cada vez mais, exportavam suas produções para nossas TVs, lançando um anime mais bem-sucedido que o outro.
 
O NaTelinha relembra cinco desenhos que fizeram um verdadeiro estardalhaço por aqui nos últimos tempos. É válido lembrar que esta não é uma lista por ordem de importância.
 
Confira:
 
Yu-Gi-Oh
 
 
O desenho "Yu-Gi-Oh" desembarcou no Brasil no verão de 2003 na extinta "TV Globinho" e rapidamente caiu na boca da molecada e dos marmanjos de plantão.
 
A primeira produção japonesa foi ao ar na Terra do Sol Nascente em 1998, mas a versão que consumimos, juntamente com o resto do Ocidente, foi a de 2000.
 
Com um jogo de cartas complexo, "Yu-Gi-Oh" não demorou muito tempo para se tornar uma febre. Decks foram lançados e há campeonatos deste game até hoje pelo Brasil, com regras impostas pela Konami.
 
O barulho foi tão grande que o apresentador Gilberto Barros, na época com o "Boa Noite Brasil" na Band, bradava que isso "era coisa do Demônio" e chamou vários especialistas para discutir o assunto. 
 
A Globo ficou impossibilitada de continuar exibindo o anime em 2004, pois o Ministério da Justiça reclassificou a produção como inadequada para menores de 12 anos. Ou seja, só poderia ser exibido após às 20h.
 
Dragon Ball / Dragon Ball Z
 
 
Entre o final da década de 90 e início dos anos 2000, a Band e o SBT chegaram a exibir "Dragon Ball" com aberturas que ficaram eternizadas pelos fãs, mas o grande "boom" aconteceu na Globo, em 2001.
 
A emissora carioca já tinha descoberto a poderosa arma que poderia usar: desenhos japoneses, que já tinham feito a cabeça da molecada anteriormente. 
 
"Dragon Ball Z", levado ao ar a partir de 2001, dominou as manhãs da Globo com altos índices de audiência, alavancando a "TV Globinho" e a linha de produtos licenciados.
 
Digimon
 
 
"Digimon, digitais, Digimon são campeões!". É assim que começava a música do anime "Digimon", cantada pela apresentadora Angélica, com o objetivo de salvar a audiência de "Angel Mix". E conseguiu.
 
Ainda que para muitos o desenho fosse uma imitação de "Pokemón", o fato é que ele caiu no gosto popular e colocou a Globo no radar dos pequenos naquela época, que preferiam ver os desenhos Warner e Disney no SBT, ou simplesmente o fenômeno "Pokemón", na Record.
 
Tazos, cartas dentro de salgadinhos foram lançados com grande êxito.
 
Pokemón
 
 
A Record comprou "Pokemón" em 1999 e com ele, um barulho estrondoso. Para a mídia da época, a emissora havia adquirido um desenho que mandou 600 crianças japonesas para o hospital por assistir um dos episódios.
 
Em dezembro de 1997, num dos acontecimentos mais bizarros da história da animação, 13 mil crianças passaram mal ao assistir uma cena de cinco segundos do desenho. A cena mostra Pikachu, o mais conhecido dos pokemóns, soltando raios de luz coloridos pelos olhos de forma intensa. Mais tarde, 600 crianças foram hospitalizadas e algumas chegaram a ter convulsões.
 
O canal tratou de limpar a imagem de "Pokémon" e tirar essa carga negativa, mostrando que ele havia sido exibido sem problemas em países como Canadá, Nova Zelândia, Austrália e o grande mercado dos Estados Unidos. 
 
O desenho foi um fenômeno, colocando Eliana por diversas vezes no primeiro lugar. Além disso, também criaram Tazos, produtos escolares, cartas e tudo mais para que as crianças pudessem adquirir. 
 
Os Cavaleiros do Zodíaco
 
 
"Os Cavaleiros do Zodíaco" começou sua saga de grande sucesso na extinta TV Manchete em 1994, sendo transmitido à tarde e à noite. A produção pegou o horário com 2 pontos e subiu para quase 10.
 
A animação, embora inicialmente considerada infantil por muitos, era sanguinolenta e mostrava batalhas épicas, tendo revolucionado o mercado infantojuvenil do país. Foram mais de 800 mil bonecos e 500 mil CDs vendidos. 
 
"Os Cavaleiros do Zodíaco" foi o grande precursor de desenhos japoneses no Brasil.
 
Em 2004, a Band reexibiu a série com vários cortes em razão de várias cenas com sangue e violência que o Ministério da Justiça não permitia. No entanto, chegava a alcançar a vice-liderança com frequência do horário das 18h. 
 
A TV Manchete, na década de 1990, exibiu o desenho sem cortes, mas o Cartoon, e como mencionado, a Band, tiveram que fazer adequações posteriormente. 
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