Maria Júlia Coutinho fala sobre repercussão no "Jornal Nacional"
Publicado em 17/05/2015 às 10:35
Uma das novidades do novo "Jornal Nacional", que lançou novo cenário e linguagem mais informal no dia 27 de abril, Maria Júlia Coutinho vem se destacando.
Primeira negra a falar da meteorologia na Globo, a jornalista está fazendo sucesso com sua linguagem coloquial e brincadeiras no ar.
Em conversa com a colunista Lígia Mesquita, do jornal Folha de S.Paulo, Maria Júlia garante que sua informalidade no ar não é uma orientação da emissora.
"Quando comecei a usar mais a internet, postava no Facebook a previsão do tempo com expressões coloquiais. Aí, as pessoas começaram a pedir para eu fazer igual no ar. Quero falar com o telespectador como se estivesse na sala dele. Tenho carta branca pra fazer isso. Falo 'chuvica', digo que o dia tá 'garoento'. Sempre falei 'Beagá', 'Floripa'. Sei que tem gente que não gosta, mas é questão de estilo. Meu argumento é: existe erro? Se sim, mudo. Mas se não tem, é questão de gosto", comentou.
Coutinho também falou sobre a repercussão que vem tendo suas participações no "JN" e descartou a ideia de quem diz que meterologia é algo pequeno. "Acho que ajudou a gente estar vivendo um momento em que a previsão tá no foco com a crise hídrica, com ondas de calor. Apesar das pessoas relegarem a uma coisa menor, é algo muito importante. É uma informação básica, você vai sair no dia seguinte e quer saber se leva guarda-chuva, casaco".
Por fim, comentou o fato de ser uma das poucas jornalistas negras no ar atualmente. "É importante que venham outros, só assim podemos falar que caminhamos para uma igualdade. Não pode demorar tanto tempo pra ter outra Glória Maria, outro Heraldo Pereira. Tem que haver outros representantes negros nessa função, até porque é um peso. Você vira a primeira negra a fazer tal coisa", finalizou.