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"Caso Encerrado", exibido pelo SBT, tem provas de que é armado; confira

Atualmente exibido no início da madrugada de sábado para domingo


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Divulgação
Por Redação NT

Publicado em 16/09/2014 às 11:19,
atualizado em 10/05/2021 às 17:27

 

Atualmente exibido no início da madrugada de sábado para domingo no SBT, o telebarraco "Caso Encerrado" é genuinamente armado pela emissora que o produz, a Telemundo.

O NaTelinha recebeu uma imagem, que segundo apuração trata-se de um programa produzido no início deste ano, onde três pessoas que encenaram os casos tiram fotos juntos no camarim. Na sequência, eles aparecem no estúdio, com as mesmas roupas, discutindo o caso com a apresentadora Ana María Polo.

A foto, publicada no Instagram, traz a seguinte legenda: "Aqui está, para os que seguem acreditando na PORCARIA do show da 'juíza Ana María Polo'".

Dado este fato, a reportagem decidiu pesquisar outros possíveis casos que seriam armados. E a mídia hispânica já provou que, pelo menos, quarenta edições do "Caso Encerrado" já foram armadas ou inventadas pela sua produção.

Dentre os mais famosos, estão o caso de três pessoas da cidade de Monterrey, no México, que atuaram na temporada 2011/2012, que é a exibida pelo SBT. O ator Enrique Paez participou do programa no episódio chamado "Divórcio e Custódia", onde ele atuou com uma pessoa que se dizia sua esposa, mas na verdade era uma atriz de renome na mesma cidade.

A facilidade no descobrimento da armação se deu por conta de Enrique ser uma pessoa conhecida em Monterrey, e ter admitido para a reportagem do site La Columnaria que, de fato, recebeu 5 mil dólares para fazer o papel, além de ter feito uma espécie de roteiro, afirmando que o caso falado nunca passou pela Justiça comum e que tudo não passou de invenção da produção do programa.

Outra gravação, que tem até vídeo no YouTube (veja abaixo), é o de Maria Sanchéz Galéz. A moça foi convidada do "Caso Encerrado" também na mesma temporada do primeiro citado, mas foi pega em uma prática que é até comum em programas populares aqui no Brasil: acabou atuando em uma atração similar concorrente, o "Veredicto Final", exibido pela Univision.

Reconhecida pelo público, o site La Columnaria também foi atrás de Maria, e confirmou: ela é atriz formada e já fez pequenas peças de teatro na Cidade do México. Para realizar os programas, ela teria ganho 2 mil dólores. Maria disse que o roteiro já chegou em suas mãos pronto, e não soube dizer se o caso teria sido inventado pela produção, o que dessa vez não conseguiu ser provado.

A premissa do "Caso Encerrado" é julgar pequenos casos, com uma espécie de Tribunal de Pequenas Causas, e exibi-los na televisão. De fato, a própria produção, nos seus créditos finais, diz que alguns casos são encenados por atores para a preservação dos rostos verdadeiros, mas que nenhum caso é inventado pela produção, tendo todos passado pela Justiça Mexicana ou Americana.

Os produtores executivos da atração, bem como a Dra. Ana María Polo, apresentadora do formato, nunca falaram e nem confirmaram as acusações.

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