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Documento NT visita a TV Serra Dourada, afiliada do SBT em Goiânia


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Fotos: Divulgação e Gabriel Vaquer/NaTelinha

O Documento NaTelinha volta a ser destaque aqui no site, desta vez com duas reportagens especiais. No último ano, a cidade de Goiânia entrou em evidência no cenário televisivo brasileiro.

O primeiro motivo foi por causa do péssimo desempenho de audiência da TV Anhanguera, afiliada da Globo. Nesta praça, o canal fechou com média-dia de apenas 10,5 pontos, a mais baixa de todo o Brasil.

O segundo motivo é o crescimento de suas concorrentes, a TV Serra Dourada, afiliada do SBT e atual vice-líder de audiência, e a Record Goiás, terceira colocada, mas que alcança grande audiência com os jornalísticos locais. Tentamos visitar as três emissoras envolvidas nesta grande disputa. Obtivemos sucesso na TV Serra Dourada e na Record Goiás.

Começaremos esta série falando da afiliada do SBT. Em junho, o canal fechou no segundo lugar, com média-dia de 6,2 pontos. A audiência já foi mais alta, mas a Copa do Mundo prejudicou o fechamento. Porém, o carro-chefe da programação local continuou intacto.

O “Jornal do Meio Dia”, apresentado por Jordevá Rosa e Luciana Finholdt, fechou com média de 11 pontos no Ibope. Ficou na vice desta vez, pois não disputou com o tradicional “Jornal Anhanguera – 1ª edição”. Mas em maio, quando ambos se enfrentaram, a vantagem foi absoluta da TV Serra Dourada. Outro destaque da emissora é a novela “Chiquititas”, que marca médias de até 20 pontos no Ibope e não raramente, vence o “Jornal Nacional”. Um dado interessante é que, das 50 maiores audiências da TV goiana, 14 são da Serra Dourara, um número inédito se considerando todas as praças brasileiras.

Visita do repórter

Chego à emissora por volta de 11 da manhã, do último dia 14 de julho. Sou recepcionado por Graziely, pertencente ao grupo de Marketing da emissora. Vou para uma sala, onde tenho uma conversa com diretores do canal. Lá, fico sabendo que a situação da Serra Dourada é das melhores: vive seu melhor momento em audiência, tem trazido novos anunciantes a cada dia, além de estar intensificando os investimentos em programação local.

Em breve, a Serra Dourada mudará seus estúdios e transmitirá sua programação com qualidade digital – que na verdade já existe, mas apenas em programas nacionais -. A mudança deve ocorrer até o fim do ano. Visito todas as instalações do grupo, que inclui de teatro a uma rede de rádios, que também são líderes de audiência.

Depois da conversa, vou aos estúdios do “Jornal do Meio Dia”. O noticiário acabara de começar, e quando acontece uma pausa, sou cumprimentado pelos apresentadores. “Estávamos esperando você, bem-vindo”, me disse Jordevá. Jordevá e Luciana são jornalistas com bastante tempo de casa: 22 e 25 anos respectivamente. Acompanho o jornal e noto uma linha editorial tranquila para o horário. Diferentemente do que eu esperava, não houve nenhuma matéria no estilo “mundo-cão”, com sangue na tela, ou algum corpo baleado ou em estado de agonia.

Noto um jornal popular, com quadros de esporte, economia e de prestação de serviço. Logicamente, há o “hard news”, e ele é feito com uma qualidade que poucas vezes vi em um jornal local: informativo, dinâmico e interativo. Ao fim do telejornal, repassei minha impressão aos apresentadores, antes de começar a entrevista. Pergunto a eles como é ser líder. “É o resultado de um trabalho que vemos fazendo a muito tempo. Implantamos uma linha editorial, e a gente persistiu nela durante anos, porque o telespectador e a gente acredita nisso, se acostuma com você, se identifica com você”, disse Jordevá.

Depois, converso sobre a falta de violência que senti no jornal, e o âncora me explica que este foi um trabalho feito após anos de interatividade com o público: “Nós temos uma grande participação popular. Em uma época, chegávamos a receber cartas. Hoje em dia, temos WhatsApp, e-mail, então abrimos as portas. E fazemos isso na prática. Metade das matérias que fazemos, pelo menos, vieram de participação popular, de sugestão. A gente traz para a TV o que a população liga e pede”.

Luciana completa dizendo que a variedade de assuntos abordados no jornal é um diferencial importante: “É essa confiança que nós temos do telespectador, tanto que estamos a dois anos liderando a audiência. E eles tem a confiança que, ligando pro ‘Jornal do Meio-Dia’, eles vão ter assuntos ligados ao consumidor, esclarecendo e falando as reclamações de telefonia, que atinge muitas pessoas, não só em Goiás, como no Brasil inteiro. Elas vão ter mais informações do que está acontecendo também, vão ter destaques policiais porque é importante, até mesmo para a população ficar em alerta para o que está ocorrendo também, quais as precauções que as pessoas devem tomar, mas creio que esse é o nosso diferencial, é a variedade de assuntos, atendendo ao público em geral, sobre o que a população precisa saber”.

Quero saber como eles começaram a carreira, e Luciana explica primeiro: “Eu comecei aqui bem nova, vim para cá depois de estagiar na TV Anhanguera, ai comecei na reportagem, depois acumulei o jornal da noite, que tinha outro nome, e depois, acumulei reportagem, com apresentação. No ‘Jornal do Meio Dia’, eu estou há 17 anos, vou fazer 18”. Jordevá explica sua história após isso: “Eu tive a mesma sequência da Luciana. Cheguei para fazer reportagem, depois fui apresentar o jornal da noite, aí já como ‘Jornal Serra Dourada’, ai fiquei nas férias do ex-apresentador do ‘Jornal do Meio Dia’, e acabei ocupando a vaga quando ele saiu. Estou há 14 anos na apresentação”.

“A televisão só mudou para melhor, hoje temos inúmeras fontes. Essa agilidade que o jornalismo ganhou, ela é excelente. E nós estamos fidelizando o nosso telespectador, temos um retorno garantido”, diz Luciana, quando pergunto o que mudou na televisão nos últimos anos.

Por fim, questiono se existe algum privilégio para a HyperMarcas, dona do grupo Serra Dourada, e de outras marcas importantes no mercado. Jordevá explica que não: “Aqui é tudo muito bem dividido, a HyperMarcas anuncia aqui, mas ela não impõe nada, não coloca aqui de graça, não. Ela paga e paga o preço normal, o preço de mercado. Para ela, é muito bom a exposição da televisão, mas ela, para nós, é um anunciante como outro qualquer”. “Temos uma liberdade enorme aqui, muito grande mesmo, isso facilita muito o trabalho do jornalista”, completa Luciana.

Termino a entrevista e depois, conversamos sobre outros assuntos, algo bem agradável. Ao fim, penso o porquê da TV Serra Dourada estar tendo tais resultados: grande estrutura, participação popular e apelação zero. Apenas informação para o povo.

Bom, este é o fim da primeira parte da minha passagem pelas emissoras goianas. Amanhã, você lerá uma reportagem completa sobre a Record Goiás. Acompanhei todos os jornais locais, e conversei com todos os apresentadores. Até lá!

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