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"A Record está dando um show", diz Jonas Bloch sobre projetos da TV

Ator conversa com o NaTelinha sobre TV, cinema e carreira


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Jonas Bloch - Divulgação
Com 75 anos de idade, sendo mais de 40 de carreira e 8 deles na Record, Jonas Bloch está em plena atividade. 
 
Diferente de muitos, que quando chegam a esta etapa da vida pensam na aposentadoria ou já estão aproveitando dela há algum tempo, Jonas acumula uma série de trabalhos e tem sido cada vez mais raro passar um ano inteiro longe da TV.
 

Jonas Bloch: ator estará em duas produções da Record neste ano
Divulgação/TV Record

Um dos atores mais prestigiados da Record, Jonas Bloch está prestes a voltar às telinhas em mais dois projetos. Ele gravou o episódio "O Inválido do Tanque de Betesda", escrito por Renato Modesto, para "Milagres de Jesus", onde interpretou o Zuriel. Além disso, ainda neste semestre ele voltará às novelas como o vilão Ramiro de "Vitória", novela substituta de "Pecado Mortal".
 
O NaTelinha entrevistou com exclusividade o ator, que não poupou elogios à emissora e ao cuidado dispensado na produção e na direção de seus projetos. "A Record está dando um show nessas séries bíblicas", defende.
 
Na entrevista, Jonas Bloch também falou sobre sua volta ao cinema e sobre os motivos que fizeram com que ele se afastasse do gênero por alguns anos. "Eu não tinha tempo livre para filmar", justificou-se. Ele também antecipou alguns detalhes sobre "Vitória" e a reedição de sua parceria com a autora Cristianne Fridman.

Confira:
 
NaTelinha: Você é um dos muitos atores da Record a participar de "Milagres de Jesus". Seu personagemZuriel é um pastor de ovelhas. Como é voltar a trabalhar em um projeto religioso (após "José do Egito")? Qual é a diferença para você, como ator, em atuar em uma produção bíblica e outra convencional?
 
Jonas Bloch: Trabalhar numa produção tão bem cuidada, com uma direção competente e cuidadosa, é o que pode haver de melhor para um ator. A Record está dando um show nessas séries bíblicas. Tivemos notícias do sucesso fora do Brasil, o que nos alegrou muito.
 
 
NaTelinha: Você está afastado dos cinemas há praticamente dez anos. No entanto, de lá para cá, suas aparições na TV passaram a ficar mais frequentes (tanto pela quantidade de trabalhos como pelo tempo que eles permaneciam em cartaz). Como encara este afastamento? Foi proposital?
 
Jonas Bloch: Eu acabei de fazer um filme, muito bonito, chamado "O outro lado do Paraíso", rodado em Brasília. Tenho sido convidado para fazer cinema, mas os filmes coincidiam com o período em que gravava novelas. Como eram papéis importantes nas tramas, eu não tinha tempo livre para filmar. Eu vinha fazendo Cinema constantemente, antes de emendar novelas. 
 

Jonas como o intérprete do vilão Ramalho, em "Bicho do Mato" (2006)
Divulgação/TV Record
 
NaTelinha: Ainda neste ano, você volta a trabalhar com Cristianne Fridman em "Vitória", na pele do vilão Ramiro Pessoa. O que o telespectador pode esperar do personagem? Haverá alguma lembrança do também vilão Ramalho, de "Bicho do Mato"?
 
Jonas Bloch: É uma alegria poder trabalhar de novo com a Cristianne, uma autora inteligente e competente. Em "Bicho do Mato" tive um dos grandes personagens de minha carreira, um reconhecimento imenso pelo trabalho. O novo personagem, Ramiro, é bem diferente do Ramalho, mais leve, com outro tipo de comportamento e, apesar de seus desvios, tem uma dose de humanidade bonita, na sua relação com a filha, apesar de conflituada.
 
 
NaTelinha: A autora Cristianne Fridman é conhecida por suas histórias ágeis e com grande dosagem de ação, que é um dos gêneros que o público da Record mais gosta. Qual é a sua relação com a autora? Como vê o seu texto?
 
Jonas Bloch: Cristianne é uma grande autora, ela consegue colocar a ação dentro de uma história com conteúdo, não fica só na troca de tiros, perseguições e violência, como os filmes americanos.
 

Em "Máscaras", Jonas Bloch interpreta o temido Big Blond mas perde a razão
ao se apaixonar por Eliza (Paloma Duarte) - Divulgação/TV Record
 
NaTelinha: Embora "Máscaras" não tenha sido considerada um sucesso, o Big Blond foi um personagem de boa aceitação nas redes sociais. Como foi para você trabalhar em cima de um papel tão dúbio e fora do comum? Acredita que na vida real alguém conseguiria ser capaz de cometer atos tão cruéis e ao mesmo tempo transparecer certa ingenuidade em um relacionamento, como com a Eliza (Paloma Duarte)?
 
Jonas Bloch:  O Big Blond, como todo homem apaixonado, ficou com um lado bobo, o que revelava alguma humanidade naquele bandido.
 
 
NaTelinha: Tanto a Globo como a Record estão enxugando o casting de atores contratados por longo período. Como vê esta mudança no mercado? Teme que uma medida como esta chegue até você?
 
Jonas Bloch: Ao mesmo tempo que as emissoras abertas estão se modificando, os canais fechados descobriram que as produções brasileiras dão audiencia e, com as suas produções, o mercado de trabalho para os atores foi ampliado. No cinema aconteceu a mesma coisa. Quando faltar atores para as produções, os canais fechados vão voltar a contratar.
 

Jonas Bloch e Iran Malfitano contracenam em "Bela, a Feia", de Gisele Joras: ator novamente
interpreta um vilão mas que se redime na reta final - Divulgação/TV Record
 
NaTelinha: Neste ano, mais precisamente em julho, o Canal Viva vai reprisar "A Viagem", onde você deu vida ao Ismael. Como foi fazer parte de um trabalho tão denso e que até hoje é lembrado por muitos saudosistas?
 
Jonas Bloch: Os vilões sempre são lembrados. Fiz vários,além do Ismael, fiz o Russo, de Corpo Santo, o Ramalho, de Bicho do Mato, Big  Blond, em Máscaras, e em Bela, a Feia. Sempre alguem me fala de algum deles. É muito gratificante ter o reconhecimento do público pelo seu trabalho. O antagonista nas histórias tem uma atitude mais dinamica que o mocinho da história, fica mais vivo pelas suas artimanhas.
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