Fabiana Scaranzi classifica comentário de Sheherazade como "infeliz"
Âncora do "Domingo Espetacular" afirmou que Rachel tem papel de criar polêmica.
Publicado em 14/02/2014 às 09:29
Fabiana Scaranzi, âncora do "Domingo Espetacular", falou sobre a polêmica que envolve Rachel Sheherazade, do SBT.
Para o site de notícias da Rede Record, a jornalista classificou o comentário da colega como "infeliz". Rachel, âncora do "SBT Brasil", defendeu um grupo de pessoas que espancou e amarrou um jovem a um poste, no Rio de Janeiro.
"Eu acho que o julgamento pelas próprias mãos é sempre uma coisa muito séria. Acho muito perigoso isso tudo. Tem polícia, tem lei, tem tudo isso. Não dá para dizer o que é certo ou errado na cabeça da Rachel, o que ela imaginou. Ela tem esse papel de criar polêmica e dar opiniões. Mas às vezes você é infeliz num comentário que você faz. Eu acho que ela foi infeliz", disse Fabiana.
Entenda o caso
Na terça-feira (04), em seu espaço de opinião no "SBT Brasil", Rachel Sheherazade falou sobre o caso do adolescente de 15 anos.
Ela citou que o garoto havia fugido para não ser preso, afinal já contava com passagens pela polícia, e destacou o atual contexto do Brasil. Para a âncora, em um país onde há grandes índices de violência, as atitudes dos chamados vingadores são consideradas compreensíveis.
A jornalista ainda classificou o fato como uma "legítima defesa coletiva de uma sociedade sem Estado" e incentivou que os defensores dos direitos humanos fizessem um "favor" ao Brasil e adotassem um bandido.
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Defesa
Sheherazade explicou o que quis dizer na edição da quinta-feira (06) do "SBT Brasil".
A jornalista negou que defenda agressões e que fez apologia à violência: “Não defendi a atitude dos justiceiros. Defendi o direito da população de se defender quando o Estado é omisso, quando a polícia não chega. Todo cidadão tem o direito de prender um meliante flagrado em delito. O que não se pode é confundir o direito de se defender com a barbárie, a violência pela violência. Não defendo a violência. Defendo a paz. Sou uma pessoa do bem. Estou do lado do bem, como diria Renato Russo, com a luz e os anjos. Jamais defenderia a violência. Defendo as pessoas de bem neste país, as pessoas que foram abandonadas à própria sorte porque não têm polícia, não tem segurança pública”.
Ela disse que não precisava estar ali explicando a opinião, mas diante da polêmica, isso se fez necessário: “Não precisava explicar o que disse. Minha opinião foi contundente. Tá na lei! Todo cidadão tem o direito de prender um meliante quando flagrá-lo cometendo um delito”.