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Bruno Motta: Esquadrão da Moda diverte mas não cria identificação


 

Há principalmente dois tipos de "programas de transformação": os que emocionam, como o Extreme Makeover (e suas variações que reformam casas) e os que ridicularizam, fazendo humor.


Ninguém esconde que essa é a graça do "Esquadrão da Moda", versão brasileira de uma franquia de sucesso (What Not to Wear, exibida em diversos países). Entendida essa missão, o esquadrão escalado cumpre bem o objetivo: sem perder o salto, mesmo em situações delicadas, Isabela Fioretino e Arlindo Grund tem pronto um arsenal de tiradas para desqualificar o guarda roupa de seus participantes.


Tecnicamente, o programa escorrega (o áudio das "discussões" com os participantes é confuso, com todos falando ao mesmo tempo; a edição foge um pouco à logica, além de estar no meio termo entre veloz e tradicional) mas não cai.


Num momento de investir em qualificação, nem é tão irônico que seja o SBT quem tente ensinar seu espectador a se vestir, já que a piada é justamente criticar o coleguinha. Assim, o programa diverte, dá (poucas) dicas de como o espectador deve(ria) se vestir, mas não cria identificação com a platéia. Se a graça é mesmo falar um pouco mal dos outros, o programa segue bem e sem perder a elegância, numa corda bamba onde caminham bem Isabela e Arlindo. Chamam atenção a beleza e a malandragem da primeira e o carisma diferente do segundo, que foge bastante dos padrões televisivos, do sotaque ao comportamento.


O Esquadrão da Moda vai ao ar nas noites de terça-feira, às 20h, no SBT.


Bruno Motta é humorista e redator publicitário, não sabe se vestir e tem medo de ser confrontado no Esquadrão da Moda.

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