Lição

Pedro Neschling é alvo de preconceito por deficiência auditiva e rebate: "'Normal' é ilusão"

Ator está de volta às novelas em Renascer


Pedro Neschling de camisa escura, perto de parede de tijolinhos, com expressão séria, olhando para a câmera
Pedro Neschling em foto recente - Reprodução/Instagram

Pedro Neschling, que está de volta às novelas em Renascer, foi alvo de um comentário preconceituoso nas redes sociais e rebateu um internauta. O ator falou sobre ser deficiente auditivo depois de ler que "não parece uma pessoa com deficiência".

"Em primeiro lugar, a gente precisa acabar com essa imagem pejorativa e com essa ideia de que a deficiência é um problema, de que é limitante. Assim como eu, tem pelo mundo milhões de pessoas com deficiência e elas produzem, amam, são felizes, sofrem como qualquer pessoal 'normal'", iniciou.

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Na sequência, o artista de 41 anos reforçou sua opinião e esclareceu que nunca se submeteu a um procedimento cirúrgico: "Como sempre digo, o 'normal' é uma ilusão. Portanto, não. Eu nunca fiz cirurgia, sempre fui assim, com essa imagem padrão. Porém, sim, sou uma pessoa com deficiência".

"O primeiro equívoco é uniformizar a deficiência, sendo que existem vários tipos de pessoas com deficiência. Você pode ter uma deficiência auditiva, como um é o meu caso, você pode ter uma deficiência visual, motora, intelectual", exemplificou.

Pedro Neschling lembrou que existem muitos tipos de deficiências e cada pessoa tem suas características individuais: "Buscamos nos adaptar à sociedade que, em grande parte, não está preparada para nos acolher e conviver normalmente dentro da sociedade padrão".

"O que muita gente não pensa é que em vez disso nos limitar, essas nossas características de adaptação acabam nos tornando até mais capazes do que uma pessoa dita 'normal'."

Pedro Neschling disse que surdez é deficiência invisível

Pedro Neschling foi diagnosticado com deficiência auditiva aos 18 anos e agora está atuando pela primeira vez com o dispositivo de amplificação sonora. Em dezembro do ano passado, ele concedeu uma entrevista ao jornal O Globo e disse que considera a surdez como algo invisível.

"A surdez é uma deficiência invisível porque, se eu não contar, não ficam sabendo. Boa parte da minha vida fui, e sou, deficiente. Provavelmente, as pessoas não sabem, mas a minha perda vem desde antes que eu possa me recordar. Tive um diagnóstico de surdez aos 18 anos. Não tenho um diagnóstico sobre a causa. Provavelmente, alguma coisa hereditária, não há essa explicação", explicou.

De acordo com o ator, ele teve uma perda pequena nos graves e uma bastante significativa e profunda nos agudos: "Comecei a fazer TV em 2002, trabalhei direto até 2014 como ator e em nenhum desses trabalhos utilizei o aparelho que hoje me ajuda".

"É difícil explicar para quem escuta o quanto ele é fundamental para a minha qualidade de vida. Hoje, penso: 'Meu Deus! Sou deficiente auditivo mesmo. Como tive uma carreira tanto tempo?' [...] Tem sons que não escuto. É uma perda moderada para severa", contou.

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