Avaliadas em R$ 3 milhões, joias que foram de Hebe são furtadas em SP
Os acessórios estavam na casa da filha de Nelson Gonçalves
Publicado em 08/11/2023 às 19:30
Avaliadas em cerca de R$ 3 milhões, ao menos sete joias que pertenceram a Hebe Camargo (1929-2012) foram furtadas. Os acessórios estavam na casa de Lilian Gonçalves, filha de Nelson Gonçalves (1919-1998), que mora em Alto de Pinheiros, bairro nobre de São Paulo.
A empresária, que é dona de bares e casas noturna na capital paulista, havia comprado os objetos pessoais da apresentadora depois que ela morreu. Em entrevista ao g1, ela contou que pagou US$ 600 mil (R$ 2.928.660,00 na conversão do Dólar para o Real) por um conjunto de gargantilha e par de brincos de brilhantes, ambos no formato de estrela cadente (ou cometa); um anel de ouro branco que imita uma rosa; e outro par de brincos e anel em rubi vermelho.
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"O que mais pesa para mim é o valor sentimental. Hebe era uma deusa, minha amiga", lamentou Lilian Gonçalves. De acordo com a Polícia Civil, autoridades já conseguiram recuperar quatro das joias furtadas (o conjunto de gargantilha e par de brincos com o cometa e um anel de rosa).
A investigação aponta que uma funcionária da empresária confessou o crime e alegou ter furtado as peças porque tem oito filhos e estava precisando de dinheiro. A mulher trabalhava na casa de Lilia Gonçalves há dois meses, fazendo faxina.
Joias de Hebe foram vendidas
A funcionária de Lilian Gonçalves foi levada à delegacia na última segunda-feira (6), quando revelou onde as quatro joias estavam e foi indiciada por "furto qualificado". Ela negou, porém, que tenha levado os outros três acessórios que ainda não foram encontrados.
Como não houve flagrante e a mulher colaborou com os policiais, ela foi liberada para responder o crime em liberdade. Segundo o 14º Distrito Policial (DP), em Pinheiros, que investiga o caso, ela vendeu a gargantilha, o par de brincos de cometa e o anel de rosa por R$ 25 mil ao dono de uma casa de joias na zona sul da capital.
O proprietário do estabelecimento devolveu as peças quando os policiais chegaram à loja. "O suposto receptador das joias ainda está sendo investigado para avaliarmos se ele cometeu crime de receptação culposa, sem intenção, ou dolosa, se sabia que os objetos eram furtados", disse o delegado Felipe Nakamura.
Lilian Gonçalves notou que as joias haviam sumido na última sexta-feira (3), depois de ter usado os acessórios em uma festa. Como ninguém, além dela, do marido e dos funcionários, havia entrado na casa, os policiais concentraram a investigação em ouvir os profissionais que trabalham na residência. A funcionária apontada como responsável pelo furto não tinha passagens criminais anteriores.
"Mais do que o valor financeiro, a atual dona das joias deixou claro para nós que as joias têm imenso valor sentimental para ela por terem pertencido a Hebe, que foi uma grande amiga dela. Fomos à residência e notamos que não se tratava de quadrilha especializada em furtar joias pois não tinham sinais de arrombamento no imóvel. Levantamos então a suspeita de que o crime foi cometido por alguém que tem acesso a casa, possivelmente furtando as peças aos poucos", completou o delegado.
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