Justiça decreta falência de Alexandre Frota
Deputado federal tem dívida de R$ 1,4 milhão, que ultrapassa seu patrimônio
Publicado em 15/12/2022 às 12:09,
atualizado em 15/12/2022 às 12:25
A Justiça de São Paulo decretou a falência de Alexandre Frota a pedido do próprio político. O deputado federal, agora filiado ao Pros-SP, perdeu neste ano a eleição para deputado estadual. Ele alegou estar em estado de “insolvência”, com dívidas de R$ 1,4 milhão por conta de diversas condenações judiciais.
A decisão do juiz Carlos Aiba Aguemi considerou a afirmação do ex-ator de que a dívida contraída na Justiça é maior que seu patrimônio. “Pressionado psicológica e materialmente”, como diz a defesa, ele não tem condições de pagá-la. As informações foram antecipadas nesta quinta-feira (15) pelo colunista Rogério Gentile, do Uol.
O magistrado entendeu como evidente a situação de insolvência de Frota. O instrumento visa sanar a situação de inadimplência crônica de uma pessoa. Declarada a falência, o devedor perde o direito de administrar seus bens, que passam a ser geridos pelo credor – no caso do político, o Banco Econômico S/A.
Alexandre Frota teve ano conturbado na política
Alexandre Frota fracassou nas Eleições 2022. Muito votado em 2018, quando apoiou o então presidente eleito Jair Bolsonaro (PL), o ex-ator perdeu praticamente todo o eleitorado neste ano. Ele ficou com 24.223 votos para deputado estadual de São Paulo, muito menos do que os 155 mil que angariou há quatro anos, quando foi eleito deputado federal.
Em novembro, Frota desistiu de integrar a equipe de cultura da transição do governo Lula (PT). Após seu nome ter sido escolhido pelo vice-presidente eleito Geraldo Alckmin (PSB), o deputado federal e ex-ator recebeu várias críticas da classe artística. Ele não trabalha na área há anos, já fez filmes adultos e apoiou Bolsonaro no passado.
"Fala pessoal, tenho visto os ataques covardes e preconceituosos que eu tenho recebido por ter sido convidado para a transição na Cultura, ataques inclusive a minha família vem de uma ala da esquerda sapatênis do Leblon. O preconceito está na transição que fala em um país plural", escreveu o político nas redes sociais.
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