Leaving Neverland

Vítimas dos abusos cometidos por Michael Jackson confirmam suas histórias na TV

Entrevista foi exibida originalmente nos Estados Unidos e levada ao ar neste domingo pelo "Fantástico"


James Safechuck e Wade Robson
Reprodução

Na última quinta-feira (28), James Safechuck e Wade Robson deram sua primeira entrevista para a TV norte-americana, confirmando os relatos para o documentário "Leaving Neverland", lançado em janeiro e que aborda os bastidores dos casos de pedofilia e abusos sexuais envolvendo Michael Jackson.

Neste domingo (03), a conversa com a apresentadora Gayle King, da rede CBS, também foi exibida pelo "Fantástico", da Globo, de forma inédita no Brasil.

Desde que o conteúdo do documentário foi divulgado que a família do rei do pop não tem tido sossego, já que o nome do cantor falecido não sai dos noticiários.

Com direção do cineasta britânico Dan Reed, o longa tem duração de quatro horas e apresenta entrevistas com duas vítimas, hoje na casa dos 30 anos.

Na época dos acontecimentos, Wade tinha 7 anos enquanto que James estava com 10. Apontado como perturbador, o documentário é também visto como uma prova de que o astro gostava de molestar meninos.

Vítimas dos abusos cometidos por Michael Jackson confirmam suas histórias chocantes na TV

Na entrevista, Wade Robson lembrou a primeira visita que fez ao ao rancho, que pertencia ao artista. "Foi a coisa mais mágica que eu já vi. Na primeira noite, Michael disse para mim e minha irmã: 'Vocês podem ficar em um dos quartos de hóspedes ou comigo, se quiserem'. E minha reação foi: 'Quero ficar com você', claro".

Ainda de acordo com a suposta vítima, Michael começou a tocá-lo de forma inapropriada já nas primeiras noites que os dois passaram juntos. "Ele começou a acariciar minhas pernas e tocar minha virilha. Depois, começou a fazer sexo oral em mim e me mostrou como fazer nele" disse.

"Quando começaram os atos sexuais, ele veio dizer que Deus tinha nos unido, que nos amávamos e era dessa forma que mostramos amor um pelo outro", relembrou.

Vítima se sente culpada por ter inocentado o cantor no passado

"Leaving Neverland" conta com um material bem extenso. Para chegar a esse resultado, o diretor reuniu cartas, áudios de telefonemas e fotografias como evidências dos crimes. Além, é claro, dos relatos de Robson e Safechuck.

Antes da sua exibição no Festival, Dan Reed informou aos presentes que havia uma equipe de enfermeiros a postos para o caso de algum espectador se sentir mal.

E os depoimentos são mesmo abomináveis. Enquanto ouvia Robson falar Safechuck balançava a cabeça afirmando que com ele o tratamento foi semelhante.

"Ele me apresentou a masturbação. Falava que eu tinha ensinado a ele como beijar de língua. E daí seguia para o sexo oral", disse James.

Perguntado pela apresentadora da CBS se sentia assustado na época, James Safechuck disse que não. "Não há alarmes soando na sua cabeça em um momento como esse", analisou. 'Eu só pensava 'eu amo esta pessoa e estamos tentando fazer um ao outro feliz'. Ele disse que eu fui a primeira vez dele", relembrou.

Já segundo Robson, em momento algum o cantor foi agressivo com ele. "Ele nunca me bateu, nada desse tipo, nunca me disse nada de agressivo. Tudo era: 'Nós nos amamos', com gentileza".

Em 1993, tanto Wade quanto James negaram terem sido molestados pelo cantor depois que o astro foi acusado por parte de outro menino, Jordan Chandler.

Na época, o caso acabou sendo resolvido fora do tribunal. Porém, Michael nunca deixou de ser envolvido em novas acusações ao longo da sua carreira

O caso mais conhecido foi em 2005, quando o rei do pop sofreu sérias acusações criminais de Gavin Arvizo, um menino sobrevivente de câncer infantil.

Na época, Robson testemunhou a favor do artista que acabou inocentado. Durante seu testemunho, ele negou que tenha beijado ou tomado banho com o cantor.

"Michael me treinou para testemunhar desde a primeira noite em que ele começou a abusar de mim", revelou.

Hoje, ele se sente culpado. "Eu gostaria de ter ajudado Gavin Arvizo a receber alguma justiça e a confirmação do que aconteceu com ele", ressaltou.

"Assim, talvez tivéssemos impedido Michael de abusar de muitas outras crianças depois daquilo", concluiu.

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