Análise

Com Luiz Bacci, "Cidade Alerta" perde originalidade e a notícia volta a ser motivo da boa audiência


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Divulgação/Record TV

Substituir Marcelo Rezende no comando do "Cidade Alerta" sem dúvida é uma árdua e até impossível tarefa. Comparar qualquer profissional no comando do policialesco da Record TV com o icônico jornalista, não seria justo e não é o motivo deste espaço.

Porém, Luiz Bacci, efetivado no comando da atração desde a morte de Rezende, em setembro, e diante do que foi apresentado até aqui, peca na falta de originalidade. Uma exemplificação disso transparece no momento em que o "menino de ouro" utiliza de forma excessiva chavões jornalísticos que empobrecem seus comentários, transparecendo limitação, após exibir as reportagens, como: "a verdade vai prevalecer", "merece nosso carinho", "a chuva pegou o paulistano de surpresa", "atenção Brasil, obrigado pela grande audiência", e por aí vai.

Outro detalhe é que o atual apresentador do "Cidade Alerta" precisa descobrir uma diretriz própria para imprimir sua indignação após a exibição das tragédias do dia a dia. A sensação para o telespectador mais atento é que muitas vezes a emoção surge por necessidade, após ser pontuada no teleprompter.

Além de um belo sorriso, Luiz Bacci tem boa imagem, excelente dicção e percebe-se que tem um alto conhecimento da linguagem televisiva, mas isso não basta. Além do conteúdo, o público busca a autenticidade na TV, e essa é a grande lacuna ainda não preenchida no programa.

Bacci precisa deixar de fazer uma apresentação pasteurizada, caso deseje de fato seguir o caminho de sucesso do seu descobridor. Por enquanto, o "Cidade Alerta" mantém índices de audiência similares a de Marcelo Rezende, com a grande atração deixando de ser o apresentador e voltando a ser a notícia. Tempo ao tempo.

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