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O arriscado acerto da Record

Analisando


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Divulgação/TV Record

Há algum tempo, a Record decidiu apostar em uma mistura que gera contestações: entretenimento e jornalismo. Se perguntarmos para algum estudioso da causa, diria: "azeite e água não se misturam!".

O fato é que entreter e informar tem suas diferenças. Há possibilidade de fazer os dois juntos? Sim. Mas isso tem um preço e um modo muito específico de fazer.

Quando estrearam o "Domingo Show", comandado por Geraldo Luís, optaram em continuar com a linha jornalística que o apresentador trazia do "Balanço Geral" e o resultado foi estrondoso. O programa reergueu a trágica programação de domingo da emissora e empolgou nos números.

O mesmo método foi adotado na produção do programa do Gugu, ou "Gugu". Após a estreia brilhante, o programa se perdeu e sofreu inúmeras derrotas para o tradicional Ratinho. Sendo assim a Record virou a chave e também adotou o diretor Virgílio Abranches, chefão do jornalismo na Record, para dirigir o programa. Resultado? Vice líder isolado e bons momentos na liderança.

Há quem diga que o "Programa da Tarde" e o tão esperado programa da Xuxa também terão os cuidados do novo nome forte da emissora.

Não precisa ser nenhum gênio para saber que a mistura do popular e do noticiário se faz uma grande arma na televisão. Na década de 1990 tivemos uma avalanche de programas no mesmo molde. Logo, o que vivemos hoje pode ser considerado um retrocesso.

Isso não tira os méritos do diretor que recolocou a Record na vice-liderança de forma majestosa, mas, como dito no início desta coluna, há um preço a ser pago. Perguntem ao próprio Gugu que já viveu uma história parecida.


Luiz Sales é formado em Comunicação Social - Rádio e TV. Aqui no NaTelinha, faz reportagens especiais e análises sobre essa fantástica fábrica de sonhos chamada televisão.

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