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OlharTV: Goodbye Forever


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Divulgação

Não estamos acostumados com o adeus, mas tudo na vida tem um fim. Inclusive, as séries de TV. Assim como foi com "Friends", "ER" e "Lost", três grandes sucesso da telinha, e ainda "Gilmore Girls", que não sei afirmar se foi um marco da TV, mas posso garantir que me causou extrema tristeza quando acabou, agora chegou a vez das donas de casas mais desesperadas e amadas do mundo se despedirem da gente.

Bree, Susan, Lynette e Gabrielle por oito anos comandaram a história de "Desperate Housewives", cuja trama tinha início com o suicídio de uma quinta amiga, Mary Alice, que narrou o enredo dessa produção magnífica.

Estressadas, intensas, “loucas” e, acima de tudo, amigas, essas eram as características marcantes desse quarteto mais que fantástico que nos fez rir, chorar, amar e brigar por tudo aquilo que achamos importante.

Criada por Marc Cherry e lançada pela ABC em 2004, a série se passava no bairro de Wisteria Lane, da cidade fictícia de Fairview, e era um apanhado de comédia, drama e mistério. Este último, antagonista das confusões armadas pelas donas de casas na hora de resolverem seus conflitos internos.

Durante oito temporadas muita coisa aconteceu em Wisteria Lane. Tivemos a chegada de novos moradores, a partida de outros, casamentos, traições, separações, nascimentos e mortes. Muitas mortes!

Mas nada se compara aquela que talvez seja a grande tirada da série: a amizade. E não apenas entre essas amigas, como também a de seus maridos e, principalmente, entre vizinhos.     

"Desperate Housewives" trouxe de volta a questão da solidariedade, aquela que envolve não só os amigos de infância, como colegas de trabalho e vizinhos. O hábito das personagens principais de se encontrarem uma vez por semana para desabafar, enquanto jogam cartas, mostra bem isso.

Assim como seus maridos, cuja amizade surge meio que forçada, só porque as esposas são amigas. Sim! Eles irão sair para fazer o que todo homem faz quando se junta: tomar uma cerveja, jogar sinuca, reclamar da vida de casado e, consequentemente, das manias da esposa. No entanto, percebem afinidades que vão além do machismo presente em cada um deles.
 
Politicamente incorretas
          
Mulheres que, em momentos de desespero, são capazes de tudo. Essa foi a essência para fazer de "Desperate Housewives" uma das produções que mais acertou em tratar de toda complexidade que acompanha as relações humanas.

Assim como na maioria das casas, as das “desesperadas” também não era um lar perfeito. Elas não são perfeitas. Eram megalomaníacas, egoístas, capazes de trair até as próprias amigas, mas não por muito tempo.

E, segundo o autor da série, a ideia de criá-la se deu logo após assistir uma matéria sobre Andréa Yates, mulher que afogou os cinco filhos na banheira diante do medo da maternidade. 
 
Curiosidades

 
- Exibida aqui no Brasil pelo Sony Entertainment Television, em 2005 foi uma das séries mais vistas no mundo e levou seis das 15 indicações que recebeu ao Emmy Awards.

- No início, os executivos da ABC não ficaram satisfeitos com o nome sugerido para série, e queriam que ela se chamasse "Wisteria Lane e as vidas secretas das donas de casa".

- A série teve uma produção brasileira e outra argentina. Por aqui, não durou muito tempo. Mas a dos “hermanos” marcou bons índices de audiência já em sua primeira temporada. 

- O anúncio de seu término se deu em 2011, quando Marc Cherry afirmou que ficaria apenas como consultor dessa última temporada.

- No último episódio, exibido em 13 de maio nos EUA e 03 de junho aqui no Brasil, todas as personagens que morreram na trama apareceram, firmando a ideia de que ninguém está sozinho e somos observados o tempo todo.

 

Tatiana Bruzzi é colunista do NaTelinha e editora dos blogs:

www.blogespetaculosas.blogspot.com

www.eueumesmaemeusfilmes.blogspot.com
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