Publicado em 18/06/2024 às 14:40:00,
atualizado em 18/06/2024 às 14:53:43
Aos 50 anos, Pedro Vasconcelos acumula uma série de trabalhos na Globo, onde esteve contratado por mais de três décadas, seja como ator, quando participou de Top Model (1989), Vamp (1991) e A Próxima Vítima (1995), ou como diretor, quando tocou tramas como Escrito nas Estrelas (2010), Morde & Assopra (2011), Amor Eterno Amor (2012) e Espelho da Vida (2018). De fora do plim plim desde 2021, o profissional tem uma série de ponderações a fazer sobre a ex-emissora.
Em entrevista à revista Veja, Pedro Vasconcellos analisou o atual conteúdo da Globo e listou uma série de ponderações. "Atores maravilhosos, textos maravilhosos e diretores maravilhosos: isso é a base de conteúdo, que faz qualquer empresa de dramaturgia dar certo. Pode ser no teatro, no cinema, na televisão. Infelizmente, a televisão foi abrindo mão desse entendimento e investindo única e exclusivamente no desenvolvimento tecnológico, um desenvolvimento muito subjetivo para o espectador", criticou.
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"Ele tem que existir, mas não é o que conecta uma história ao espectador. Não é o que faz as massas pararem para assistir a um capítulo do dia seguinte. O capítulo do dia seguinte só é assistido se a pessoa acompanha uma grande história, interpretada por grandes atores, dirigida por grandes diretores", analisou o diretor.
"É da internet que vai nascer o próximo grande movimento. A TV é a rádio do futuro. Como vou competir com milhões de pessoas que são capazes de produzir todo tipo de conteúdo possível? Não tenho a menor dúvida, é uma batalha inglória para a televisão. Ela vai manter se viva, até porque o rádio também existe ainda hoje. Mas sua importância cai muito à medida que podemos fazer todo tipo de conteúdo televisivo via internet", comentou Pedro.
Ele aproveitou para reclamar do que considera uma "inclusão forçada". "Como faço para abordar a questão da homossexualidade, drogas, entre outros, de forma que a família não se sinta agredida? Quero que entendam que todos merecem ser tratadas com amor e respeito. Como faço para que aquelas pessoas que não foram incluídas na representatividade das obras de dramaturgia possam estar agora incluídas, mas de forma que a maior parte que está assistindo à televisão fale: ‘uau, que lindo, que legal’?! A inclusão precisa potencializar a obra de dramaturgia. Não a inclusão forçada, que está acontecendo muito hoje em dia", disse.
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