Publicado em 30/01/2021 às 09:13:00
Jorginho foi um dos laterais brasileiros mais bem sucedidos do futebol e com uma Copa do Mundo no currículo. Como treinador, ainda busca seu espaço, mas já marcou bons trabalhos no Vasco, Coritiba e Japão. Apesar de ter sido comentarista em 2006, ele confessa que tem aprendido muito ao analisar os jogos da Taça Libertadores da América e até stalkeia – no bom sentido – seus colegas Mauro Beting e Téo José para ter o maior número de informações na hora da partida transmitida pelo SBT. Neste sábado (29), a equipe transmite a grande final da competição, entre Palmeiras e Santos, às 17h.
“Na realidade, eu procurei pegar algumas informações tanto do Téo [José] quanto do Mauro [Beting] em relação a velocidade em fazer uma análise, em que momento. Eu tinha tido essa experiência na Copa do Mundo de 2006, eu fui comentarista do SporTV e de uma TV alemã. Então eu tive outras experiências em outros casos como comentarista. Agora estou indo para o sétimo jogo, então eu tenho que ter uma linguagem que atinja aqueles que entendem de futebol, mas também atingir o público que não entende muito da parte tática, de padrões táticos. Então tenho que ser o mais simples possível e explicar quando eu falo, por exemplo, de quebra de linhas, porque muita gente não sabe o que é isso, que é simplesmente ultrapassar uma linha de marcação, que pode ser driblando, tocando, pode ser pelo lado, por dentro, então você vai explicando para deixar tudo mais fácil para o telespectador”, revela Jorginho em entrevista exclusiva ao NaTelinha.
Com o tom de voz sereno, o ex-jogador demonstra ter um vasto repertório para explicar sua função no SBT. Ele é um técnico em atividade, entretanto, tem sido comentarista da Libertadores desde novembro, quando estreou no canal de Silvio Santos com Racing x Flamengo. Analisar uma partida no campo e outra pela TV é bem diferente, segundo o profissional.
“Tem uma diferença grande. Quando você tá no campo, você tem uma visão de tudo aquilo que está acontecendo, mas não temos uma visão de cima, que fica tudo mais fácil. Se eu tivesse presente no estádio, seria o ideal, como vai acontecer agora na final da Libertadores, no Maracanã”, comenta Jorginho, que vai cobrir a decisão do torneio do estádio localizado no Rio de Janeiro. Até então, por causa da Covid-19, os trabalhos estavam ocorrendo apenas nos estúdios do SBT.
“Na televisão, a gente tem uma visão até que privilegiada, porque vê de cima, então você consegue ter uma leitura mais clara daquilo que está acontecendo. Só que você não tem o campo inteiro, então é uma forma diferente de tá observando, de tá fazendo uma análise daquilo que está acontecendo. Mas como temos a leitura do jogo e, com a experiência, a gente acaba tendo uma leitura clara de posicionamento tático, por ser técnico e ex-jogador. Isso facilita e precisa prestar muito atenção, porque a TV te dá parte do campo”, diz.
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O sonho de qualquer torcedor brasileiro é conquistar a Taça Libertadores da América. Não por acaso, grandes clubes do país fazem investimentos pesados em seus elencos para ganhar a competição e ficar com a “glória eterna”. Se pro jogador é uma honra levar a medalha para casa, Jorginho admite que também é uma conquista ser o comentarista do torneio, ainda mais com uma final entre Palmeiras e Santos no Maracanã.
“Uma preparação muito especial, porque não é fácil. Há 15 anos não tem uma final brasileira e agora vamos ter. É um privilégio para os palmeirenses e santistas, mas também pra todos nós, que estaremos comentando. É um momento muito especial. O mais importante é a gente ter o conhecimento das duas equipes, todo o padrão tático, os sistemas que eles usam, as possibilidades que eles têm. Nós vamos pegar todas as informações que sempre temos em todos os jogos, mas como são brasileiros, temos que ter um conhecimento muito profundo das duas equipes. Tudo isso é muito especial, porque a gente torcia por uma final brasileira e tá acontecendo”, relata.
“Os jogadores estão comemorando porque estão numa final e eu estou comemorando porque vou comentar uma final. É muito legal. Eu tive uma vida muito vitoriosa como jogador, tô em busca disso como treinador, já tive título no Vasco e no Kashima Antlers, mas busco ainda muita coisa na minha carreira, e é muito legal participar e comentar uma final de Libertadores. Creio que isso é motivo de muita alegria e de glória, porque não é pra qualquer um fazer uma final como essa e tô tendo esse privilégio de tá ao lado de dois caras fantástico, numa emissora muito séria, com um ótimo ambiente de amizade”, completa.
Jorginho é um comentarista de jogo, enquanto Mauro Beting gosta mais de usar números para embaçar seus argumentos. A ideia do SBT é que dois estilos diferentes pudessem se completar e oferecer uma visão mais ampla dos jogos aos telespectadores. O treinador confessa que tem sido muito bom trabalhar com seu colega, já que tem sido muito ajudado por ele e também por Téo José.
“Tem sido muito bom. O Mauro é um cara muito gente boa e muito inteligente. Ele tem uma memória fantástica. Tudo que a gente recebe de informação da equipe, ele consegue guardar com muita facilidade. Estamos fazendo uma tabelinha muito legal, ele vai comentando e faz uma deixa pra mim. Ao mesmo tempo, quando eu vou falando, eu deixo pra ele. Se tornou muito fácil, porque as pessoas que estão lá são dispostas a ajudar, o que pra mim é muita novidade. Apesar de ter tido essa experiência em 2006, fazia muito tempo que eu não comentava um jogo. Como treinador, você tem uma análise clara do jogo, mas é diferente de expor isso na televisão. O Mauro e o Téo estão ajudando muito, eles são pessoas sensacionais”, declara.
Mas ele deixa claro que não ficará ocupando a função de comentarista apenas. Se for convidado para assumir um clube e houver uma proposta do SBT para continuar comentando jogos, Jorginho vai analisar cada um e decidirá qual é o melhor caminho para seguir. Vale destacar que a emissora está prestes a anunciar a aquisição dos direitos do Campeonato Carioca.
“Pretendo sim continuar como treinador, mas não fecho as portas para permanecer e continuar como comentarista, porque tenho que pesar na balança todas as coisas pró e contra. Como comentarista, tenho tempo maior com a família, consigo me programar melhor, estou mais tempo em casa. Comentando a Libertadores, eu ia uma vez por semana no SBT. E, caso o canal venha a fazer novos contratos [de competições], eu sei que o trabalho será maior, mas mesmo assim eu consigo ter um tempo maior com a família”, explica.
“Como treinador, muitas vezes acabo indo para outra cidade, acabo não tendo contato, hoje eu sou avô, então eu prezo muito essa questão de ficar ao lado da família. Por outro lado, financeiramente a gente faz melhores contratos como treinador, porque hoje as coisas na TV não são iguais como ser treinador, mas tudo vai depender do que o SBT vai pegar pra frente. Eles estão satisfeitos com o meu trabalho, mas falo daquilo que eles vão pegar de projetos mesmo para que a gente pense nessas possibilidades. Mas não fecho as portas, é algo que quero pensar com muito carinho, caso venha alguma proposta”, conclui.
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