Publicado em 02/12/2020 às 18:00:01
Durante o Opinião no Ar da última terça-feira, a jornalista Amanda Klein discutiu com o médico Paulo Porto de Melo sobre o papel do governo Bolsonaro no combate ao novo coronavírus. No momento mais quente do debate, o neurocirurgião se ofereceu para "desenhar" sua defesa ao Ministério da Saúde, porém a integrante fixa do programa da RedeTV! rebateu dizendo que não é "incapaz" e entende que a gestão federal é falha.
Os debates do programa Opinião no Ar, que já deixou a RedeTV! com traço no Ibope, costumam ser desiguais. Amanda Klein é a única voz crítica ao presidente e a favor da ciência e da OMS (Organização Mundial da Saúde). Contra a jornalista, estão os convidados do programa, alguns ligados ao governo Bolsonaro, e o próprio apresentador, Luís Ernesto Lacombe, que deixa o posto de mediador para discordar da colega.
Após criticar "dirigentes que negam e sabotam a pandemia", o convidado de Lacombe "vestiu a carapuça" e tentou defender o governo ao citar a entrevista do secretário executivo do Ministério da Saúde, Elcio Franco, divulgando a distribuição de17,6 milhões de testes para Covid-19 e a realização de 22 milhões de exames, entre hospitais privados e o SUS.
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O neurocirurgião chamou os números divulgados pelo Ministério da Saúde de "impressionantes: "Mais de 38 milhões de testes disponibilizados aqui dentro do Brasil". Amanda Klein rebateu mencionando os mais de 6 milhões de exames próximos ao vencimento encalhados em um galpão do Governo Federal no aeroporto de Guarulhos (SP). Paulo Porto de Melo, então, se propôs a "desenhar" à jornalista uma falsa isenção do governo Bolsonaro no estoque de testes.
"O Brasil continua testando muito pouco, doutor Paulo Porto", criticou Amanda Klein. "Vamos entender a dinâmica disso? Vou te explicar, vou desenhar que fica mais fácil", respondeu o neurocirurgião, que sugeriu que os testes encalharam porque os governos estadual e municipal não pediram.
"Os testes não estão lá porque o Governo Federal achou bonitinho comprar teste e deixar armazenado. É porque ninguém pede", distorceu o médico. A jornalista retrucou: "É porque o governo foi incompetente". Paulo Porto de Melo já indagou: "Qual governo?". Lacombe, que deveria ser apenas um mediador, discordou da colega aos risos, também eximindo de culpa o Ministério da Saúde: "Os que não pediram?".
Amanda Klein, sem menosprezar o convidado, explicou detalhadamente por que o governo Bolsonaro deixou testes estragarem por incompetência: "Tem que distribuir aos estados e municípios e não deixar os testes mofarem até o prazo de validade vencer".
Desesperado, Lacombe soltou um "meu Deus" e perguntou se o médico gostaria de explicar novamente para que sua colega mudasse de opinião. "Não é questão de repetir", rebateu Klein. "Acho que não dá para desenhar mais claro do que isso", complementou o convidado, tratando seu fato distorcido como uma verdade óbvia e incontestável.
A jornalista virou-se para o neurocirurgião e defendeu sua honra: "Você não precisa desenhar, o senhor não está falando com uma pessoa incapaz ou que não consiga entender. O senhor quer dar uma versão ao Governo Federal, mas que não corresponde à verdade".
Idolatrado por eleitores do presidente Jair Bolsonaro, o neurocirurgião Paulo Porto de Melo é conhecido por mentir em entrevistas para manter a narrativa negacionista do governo. Em 21 de outubro, o médico distorceu dados sobre a CoronaVac, vacina produzida pelo laboratório chinês Sinovac em parceria no Brasil com o Instituto Butantan, para mostrar que ela seria "mais letal" do que a própria Covid-19.
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