Publicado em 04/08/2020 às 07:44:00
A partir desta terça-feira (04), a Globo voltará a exibir Tapas & Beijos, série de comédia romântica do autor Cláudio Paiva, com direção de Maurício Farias.
Além de toda repercussão positiva da produção, com Fernanda Torres, Vladimir Brichta, Andréa Beltrão e Fábio Assunção no elenco principal, Tapas & Beijos também enfrentou alguns problemas nos bastidores.
O NaTelinha separou alguns dos acontecimentos durante a exibição da comédia romântica, que ficou no ar por cinco temporadas, de 2011 a 2015.
Confira:
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Em 2014, a série Tapas & Beijos sofreu uma mudança na sua abertura. Antes, a música Entre Tapas e Beijos era interpretada pela cantora Joelma, mas após declarações polêmicas da ex-Calypso sobre homossexualidade, a direção resolveu mudar.
Na época, Joelma disse numa entrevista que lutaria até a morte se tivesse um filho homossexual e foi acusada de comparar gays a drogados. Os atores ficaram desconfortáveis com as falas da ex-mulher de Ximbinha e Fernanda Torres sugeriu a voz de Sidney Magal, que integrou as duas últimas temporadas da comédia.
Em 2013, a Globo recebeu uma nota de repúdio da ANFIP (Associação Nacional dos Auditores-Fiscais da Receita Federal do Brasil). A associação repudiava o episódio veiculado no programa no dia 17 de setembro de 2013, a qual eles alegavam tratamento de forma pejorativa ao trabalho de fiscalização.
"O episódio, um “fiscal” – tratado de forma genérica e sem atribuição específica – ’aterroriza’ comerciantes. O tal ’fiscal’ é chamado, entre outros termos, de ’filho da mãe’, ’canalha’ e ’mau caráter’. Não bastassem as classificações pejorativas, na trama outras personagens estudam a possibilidade de fazer uma ’vaquinha’ para ’molhar a mão’ do dito ’fiscal’ – que ao fim desaparece, deixando implícita a possibilidade de ter recebido alguma vantagem para isso", diz um trecho da nota.
”Há 63 anos a ANFIP representa servidores públicos da área de Auditoria Fiscal e vê com preocupação o fato de a principal emissora de televisão do país contribuir de forma negativa com estereótipos que apenas colocam a sociedade contra o trabalho de fiscalização", afirma outro trecho da nota, assinado pela presidente na época Margarida Lopes de Araújo.
Em 2013, Fábio Assunção foi a público para falar sobre a repercussão de um beijo gay do personagem dele, Jorge, com Armane, interpretado pelo ator Vladimir Brichta. Na época, o beijo dos atores causou enorme movimentação nas redes sociais. Na época o Brasil enfrentava discussões sobre os direitos civis dos homossexuais e também sobre a proposta de "cura gay".
"Sou a favor da liberdade e do amor, portanto independentemente de como isso é processado por outros pensamentos, fiquei feliz em fazer meu trabalho e estar afinado nas coisas que valorizo", disse Fábio, sobre a cena, ao blog de Patrícia Kogut, colunista do O Globo.
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