Há 20 anos, Globo promovia grande revolução na grade e enfraquecia concorrentes

No ano 2000, a Globo promoveu uma histórica revolução em sua programação, tirando nomes importantes de outras emissoras visando enfraquecê-las e montar uma nova grade, se preparando para o novo milênio que começaria em 2001.

Em um momento de instabilidade de audiência, a Globo perdia pelas manhãs rotineiramente para os desenhos do SBT e até para a Record, que tinha a febre Pokémon. A emissora carioca também patinava à tarde contra os seriados enlatados do SBT (Um Maluco no Pedaço, Chaves) e aos finais de semana comia poeira.

Naquela época, além de Gugu Liberato e Silvio Santos, que dividiam a tela durante o domingo e batiam a Globo com frequência, a Record também vivia seu ápice com o Programa Raul Gil aos sábados.

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Era uma crise substancial em horários importantes e estratégicos na programação, a Globo não hesitou em ir ao mercado ao longo de 1999 para entrar em 2000 com tudo.

Foi em 1999 que ela contratou de uma vez só vez Ana Maria Braga, da Record; Luciano Huck, da Band; e Jô Soares e Serginho Groisman, do SBT. Apenas Ana Maria estreou no mesmo ano.

De todas as contratações feitas há 20 anos, somente Jô Soares não figura mais na grade. O Caldeirão do Huck já está consolidado na liderança e nem sequer é ameaçado nas tardes de sábado; o Altas Horas também é líder incontestável e tem grande prestígio; e o Mais Você, embora tenha passado por uma crise de audiência nos primeiros anos, hoje também é primeiro lugar no Ibope nas manhãs diárias.

Isto é, a Globo visou o futuro em quatro importante contratações numa época em que sua programação estava sendo apontada como defasada e desgastada.

Duas décadas depois, não há dúvidas de que ela acertou em todas elas.