Publicado em 14/10/2019 às 16:40:46
Em 1998, Márcio Canuto se mudou para São Paulo e se tornou um dos principais repórteres da emissora por conta da sua proximidade com a população paulistana. Contudo, em julho deste ano, aos 73 anos, o jornalista anunciou sua aposentadoria e explicou ao programa Pânico, da rádio Jovem Pan, porque decidiu encerrar a carreira.
“Eu estava cuidando da renovação de contrato, meu contrato, inclusive, tinha sido estendido pela Globo, quando no meio da conversa me caiu um raio que disse ‘rapaz, você precisa dar uma parada’”, iniciou Márcio. “Uma frase foi determinante: eu estou com 73 anos, com toda essa energia e aí me caiu um raio dizendo ‘Você não vai aproveitar essa sua vida? São 57 anos acordando cinco e meia da manhã”, explicou.
“Passei praticamente 30 anos sem um dia de folga, porque no domingo eu fazia futebol. Era da uma da tarde até dez, onze horas da noite. Eu só folgava entre o natal e ano novo. Aí pensei: ‘por que eu não vou aproveitar? Tenho ainda alguns sonhos para realizar na vida, fazer viagens internacionais longas. Se eu não fizer isso agora, quando começa a artrose, eu vou fazer quando’?”, continuou Canuto.
Márcio Canuto falou da sua gratidão pela emissora que trabalhou durante décadas, ressaltando o quanto foi valorizado: “Vamos reconhecer que a Globo comigo foi extraordinária. A minha saída foi uma saída festiva, bem conversada, bem recompensada, por tudo. Por carinho, por tudo mais”.
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Ele relembrou que não tinha o padrão tradicional da Globo de se comportar, mas que nunca quiseram mexer com o seu estilo. “Até eu não sei direito [como foi parar na Globo]. O que aconteceu é que minha vida foi muito formada pelo o que apareceu. Eu fui mais ou menos o Romário da vida, a chance apareceu e chutei no gol”, contou. “Sempre fui dedicado, muito trabalhador”, acrescentou.
“Teve um jogo entre Brasil e Irlanda do Norte, em 1981, inauguração do Rei Pelé (Alagoas), e a Globo pediu uma matéria [para TV Gazeta] sobre isso. E não tinha ninguém. Era eu mesmo. Ninguém me ensinou a pegar num microfone. Eu era observador. Fui eu fazer a matéria. Acho que é um feito, porque foi a primeira matéria completa que fiz na vida”, falou sobre como chegou na emissora. “Essa matéria fechou o Globo Esporte e depois apareceu no Jornal Nacional. Foi uma benção de Deus”, acrescentou.
O repórter aproveitou o espaço para deixar claro que não recebeu orientação da Globo para mudar o seu estilo. “Nunca recebi orientação para que eu mudasse. Inclusive, quando eu cheguei aqui [em São Paulo] a ordem foi para que não mexessem no meu grito e no meu sotaque”, detalhou.
“A recomendação foi: ‘deixa ele ser do jeito que ele é’. Isso eu agradeço muito, porque o pessoal deixou eu ser como eu era. Não houve ordem para eu ter um jeito de agir”, contou o Canuto.
Esse jeito de Márcio se popularizou em São Paulo e ele fechou seu ciclo como um dos repórteres mais queridos da capital paulista. Ao longo da sua carreira, cobriu Copas do Mundo, carnavais, aniversários da cidade paulistana, entre outros grandes eventos.
Confira a entrevista completa abaixo:
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Exclusivo
Se ausentou
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Coloca casaco
Acabou
Escapou
Para sempre
Manutenção
Quem era?
Chateada?
Tensão no ar
Críticas
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