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No "The Noite", Alexandre Garcia diz que jornalismo está perdendo a credibilidade

Divulgação/ SBT
Por Daniel César , com Naian Lucas

Publicado em 21/04/2019 às 08:03:05

Alexandre Garcia gravou sua participação no “The Noite”, do SBT, apresentado por Danilo Gentili. O jornalista falou do seu trabalho, do seu momento fora da Globo e o caminho do jornalismo brasileiro. O programa deve ser levado ao ar na próxima segunda-feira (22).

Danilo questionou Alexandre como ocorreu a decisão de deixar a Globo e o que ele pensou ao sair da emissora depois de décadas.

“Pensei que ia me aposentar, mas estou trabalhando mais do que antes. Palestras demais, rádio, jornais.”, comentou o antigo comentarista político do “Bom Dia Brasil”.

Ele continuou falando do seu desligamento da Globo. Garcia enxerga seu novo momento como uma oportunidade para desafios diferentes do que já enfrentou.

Eu quero ser porta voz das pessoas. Não sou porta voz de governo, nem de Bolsonaro, nem de religião

Alexandre Garcia

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“Costumo dizer que isso se chama renascimento. Achei que meu nome ia virar Renato, René. Cada vez que a gente tem uma mudança grande é muito bom”, revelou.

Sobre seus anos na Globo, Alexandre elogiou a empresa e explicou a responsabilidade de apresentar o “Jornal Nacional”, telejornal de maior audiência da televisão brasileira.“Tem que dar uma respirada antes de começar. É parte da cultura nacional”, afirmou.

Sua ligação ao canal carioca fez com que alguns telespectadores o confundissem com outros profissionais da Globo.“Em um hotel de Campinas, o ascensorista disse: ‘conheço o senhor. O senhor é da Globo. O senhor é do jornal Nacional. Muito prazer, seu Cid Moreira.”, disse aos risos.

Alexandre também deixou claro que adorava cobrir guerras. “Foi o que eu mais gostei de fazer. Acho que sou meio aventureiro.”

Novo momento

O jornalista chegou a ser cogitado como o porta voz do governo de Jair Bolsonaro, mas o fato não se concretizou. Contudo, nas redes sociais, Alexandre é defensor da gestão do político e explica o motivo. “Eu quero ser porta voz das pessoas. Não sou porta voz de governo, nem de Bolsonaro, nem de religião”, comentou.

O futuro do jornalismo é uma questão debatida pelo ex-comentarista da Globo. "O que me preocupa é uma cena que assisti há uns 30 anos. Em uma faculdade de jornalismo um estudante me perguntou os pilares do jornalismo... O professor deu um salto da cadeira e disse que não ensinava os alunos a serem isentos, mas militantes ideológicos para combater o status quo. Pensei ‘mas é jornalismo e não sociologia’”, posicionou-se. “Está perdendo o principal patrimônio que é a credibilidade."

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