Publicado em 21/01/2019 às 21:05:25
O jornalista Boris Casoy rebateu as críticas feitas pela Globo e Globo News sobre a entrevista que comandou com o senador Flávio Bolsonaro (PSL), exibida na noite do último domingo (20), na RedeTV!
"Embora a Globo News tenha dito que nesta entrevista não foram feitas todas as perguntas necessárias, a RedeTV! esclarece que fez um trabalho profissional e isento.Eu fiz todas as perguntas que o momento requeria, algumas até de forma incisiva. Basta conferir na entrevista que está em nosso YouTube", disse Boris Casoy nesta segunda-feira (21), durante o telejornal "RedeTV! News".
E continuou: "Flávio Bolsonaro deu a sua versão sobre todas as dúvidas que pairavam. No entanto, não quis exibir documentos, ele mostrou, mas que subsidiariam suas afirmações. Ele apenas mostrou que os documentos existiam. Disse que os apresentará, antes, às autoridades competentes. E de posse de toda a documentação e o resultado das investigações, o Ministério Público e a Justiça não terão dificuldades em concluir onde está a verdade".
Por fim, cutucou as críticas feitas pelo grupo Globo às entrevistas gravadas pela RedeTV! e Record TV com Flávio Bolsonaro.
"Bom jornalismo é o que faz as perguntas isentas e imparciais e não o jornalismo inquisitivo que almeja obter respostas que gostaria de ouvir do entrevistado", encerrou.
As críticas do jornalismo da Globo em relação às entrevistas concedidas pelo filho do presidente Jair Bolsonaro começaram no próprio domingo, ainda durante o "Fantástico", e foi repetida nesta segunda, durante os principais telejornais da TV Globo e Globo News.
"Não foi perguntado ao senador em nenhuma das duas entrevistas, e por isso ele não respondeu, por que optou por fazer 48 depósitos de R$ 2 mil com diferença de minutos em cada operação em vez de depositar o total que recebeu em espécie de uma só vez na agência bancária onde tem conta", criticam os jornalistas.
Ao blog de Mauricio Stycer, o repórter Lúcio Sturm, que foi escalado pela Record TV para entrevistar Flávio Bolsonaro neste domingo, explicou que soube que faria a reportagem por volta das 17h30, 90 minutos antes do horário marcado para a gravação.
"Sturm afirma que teve liberdade para perguntar o que quisesse ao senador eleito. O repórter lamenta que não fez uma pergunta sobre a filha do assessor Fabrício Queiroz, Nathalia, que trabalhou no gabinete de Flavio Bolsonaro. Sobre os depósitos de $ 2 mil, segundo o repórter, a explicação do senador eleito é que eles ocorreram quando a agência bancária já estava fechada. E que, segundo ele, o período dos depósitos foi de três meses e não de um mês como divulgado", dizia a publicação do jornalista do UOL.
Veja a declaração de Boris Casoy:
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