Publicado em 09/11/2018 às 16:17:56
Jornalista com passagem pela Folha de S.Paulo e ex-apresentadora do "Saia Justa" (GNT), Barbara Gancia falou sobre sua luta contra o alcoolismo em entrevista ao programa "Mariana Godoy Entrevista", que vai ao ar nesta sexta-feira (9) na RedeTV!.
Para ela, o vício em álcool pode ser considerado uma doença e não deve ser tratado com desdém. “Eu chamo de doença. Se é ou não é, para mim não importa muito. A única coisa que me importa é que não é mau-caratismo e nem fraqueza. Porque se você falar que um diabético que come doce é mau-caráter, então eu falo que o alcoólatra também é, mas não é. É uma forma de compulsão!”, diz.
No talk-show de Mariana Godoy, Barbara fala sobre seu livro recém-lançado, onde conta o processo para parar de beber, chamado “A Saideira: Uma dose de esperança depois de anos lutando contra a dependência". “Nunca tinha escrito nenhum livro, todo mundo me cobrava e essa é a história que eu tenho, né”, comentou, explicando porque demorou a escrever: “Eu não queria escrever logo depois que eu parei de beber porque eu achava que não ia dar sorte, que eu pudesse recair e agora já estou sóbria há 11 anos, então achei que era uma boa medida”.
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Com sua primeira experiência envolvendo álcool tendo ocorrido aos três anos de idade, Barbara Gancia alerta para a importância de evitar qualquer droga durante a infância, a juventude e o início da fase adulta também. “Quem começa cedo vai ter problema. A gente fala 18 anos porque tem tem que estabelecer uma maioridade, mas seu corpo se forma até os 25. Você cresce, se desenvolve, adquire maturidade e sua sinapses se juntam. Antes disso, você tomar qualquer droga que seja é criminoso porque você evidentemente vai ter problemas”, explica.
Questionada sobre o momento em que percebeu que se tratava de uma adicção, ela compartilha: “Eu me dei conta de que eu era alcoólatra porque toda vez que eu bebia eu dava um piti, havia algum problema sério ou eu saía falando as coisas, porque no fundo eu sou uma pessoa tímida”.
Relembrando momentos nos quais ela se sentia envergonhada e desesperada, a jornalista revela ainda que quando a álcool deixou de fazer efeito, foi em busca de uma nova droga. “Comecei a cheirar cocaína, que de jeito nenhum é a minha droga porque eu sou a pessoa mais ansiosa do mundo, mas comecei a cheirar”, conta ela, comemorando o sentimento que carrega hoje em relação a bebida: “Quando eu lembro da pessoa que eu era, [não bebo de novo] nem morta. Pode beber o que for na minha frente que eu vou falar 'graças a Deus que eu não bebo’!”.
O "Mariana Godoy Entrevista" vai ao ar a partir das 23h, na RedeTV!.
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