Menino fica em estado vegetativo após cirurgia no punho

Em 2020, Miguel Saliba, então com 11 anos, vivia uma infância ativa e era conhecido por gravar vídeos no TikTok. No entanto, uma fratura leve no punho levou o jovem a passar por uma cirurgia ortopédica no Hospital Home, em Brasília. O que deveria ser um procedimento simples transformou-se em uma tragédia: Miguel sofreu graves lesões cerebrais e desde então está em estado vegetativo, conseguindo mover apenas os olhos.

Passados quatro anos, o inquérito que investiga o caso segue em aberto, sem que ninguém tenha sido indiciado ou responsabilizado. A Polícia Civil do Distrito Federal investiga o crime de lesão corporal gravíssima, mas ainda aguarda a conclusão de um novo laudo médico solicitado pelo Ministério Público. A demora na resolução do caso tem causado grande sofrimento à família de Miguel, que busca justiça e respostas.

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A família do menino acusa o Hospital Home de dificultar as investigações e exige uma indenização de R$ 5,7 milhões por danos morais e materiais. Em contrapartida, tanto o hospital quanto o anestesiologista envolvido no procedimento, Cleyverton Lima, negam qualquer irregularidade e garantem que o caso, embora trágico, foi uma fatalidade e que não houve nenhum indício de erro médico.

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O delegado responsável pelo inquérito, Antônio João Dimitrov Borborema, chegou a afirmar, em relatório, que não identificou crime no caso, mas o Ministério Público solicitou novas investigações, mantendo o processo em andamento e que deverá ser definido pelo juiz do caso.

Ao mesmo tempo, a família segue buscando uma forma de tentar tratar o adolescente e aguarda por justiça, considerando que houve negligência por parte do médico e de toda a equipe.