Publicado em 19/10/2024 às 14:00:00
Pesquisadores da Universidade de Linköping, na Suécia, afirmam que os cães estão passando por uma terceira onda de domesticação. Esse fenômeno está sendo impulsionado por novas necessidades dos seres humanos, que hoje buscam por animais de estimação mais calmos, sociáveis e que se adaptem melhor ao estilo de vida sedentário e urbano.
Historicamente, os cães eram valorizados principalmente por suas habilidades de trabalho, desempenhando funções como pastorear, caçar ou proteger propriedades. No entanto, nas últimas décadas, o papel desses animais mudou. Hoje, eles são vistos como membros da família, e a companhia e o afeto são qualidades mais desejadas pelos tutores.
Esse comportamento mais afetuoso e a capacidade de criar laços sociais mais fortes estão ligados a mudanças hormonais. O hormônio oxitocina, que desempenha um papel fundamental nos vínculos sociais entre os cães e seus donos, parece ter se tornado mais ativo nesses animais. Segundo os pesquisadores, isso pode ser um reflexo da domesticação progressiva.
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Para testar essa hipótese, os cientistas realizaram um estudo comportamental com 60 cães da raça golden retriever. O experimento consistia em observar como os animais lidavam com a tarefa de tentar abrir um pote de guloseimas impossível de ser aberto. Durante o teste, os cães receberam, em um primeiro momento, uma dose de ocitocina via spray nasal e, depois, uma dose de solução salina neutra.
Os resultados mostraram que os cães com uma variante genética específica do receptor de ocitocina responderam de forma mais intensa ao spray, pedindo ajuda aos donos mais rapidamente quando não conseguiam resolver o problema. Essa descoberta reforça a ideia de que a domesticação dos cães afetou sua biologia e seu comportamento social, aumentando a sensibilidade à ocitocina e, consequentemente, sua inclinação para a interação com os humanos.
A pesquisa aponta que essas mudanças no comportamento canino estão profundamente enraizadas em sua genética. Variações no gene que codifica os receptores de ocitocina parecem influenciar diretamente as habilidades sociais dos cães. Assim, a evolução dos cães de trabalhadores a companheiros afetuosos estaria, em parte, relacionada a essas mudanças genéticas.
Os especialistas Brian Hare e Vanessa Woods, ambos da Duke University, nos Estados Unidos, compartilham dessa visão. Eles destacam que os cães de serviço, que são treinados para ajudar pessoas com necessidades especiais, são exemplos perfeitos de como os cães têm se adaptado à vida moderna. Em artigo publicado na revista *The Atlantic*, eles afirmam que esses cães são "profissionais altamente treinados" e possuem temperamentos especialmente moldados para as demandas da vida no século XXI.
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Essa terceira onda de domesticação é impulsionada por novas pressões sociais. A urbanização e o estilo de vida moderno tornaram alguns comportamentos, que antes eram valorizados, indesejáveis. Cães mais enérgicos, ansiosos ou medrosos podem enfrentar dificuldades em se adaptar à vida nas cidades, muitas vezes sendo abandonados por seus donos.
Cães de serviço, por outro lado, são altamente valorizados por suas habilidades de adaptação. Eles são calmos, focados e capazes de se integrar perfeitamente à rotina de seus donos, características que muitos tutores de cães de estimação desejam ver em seus próprios animais.
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