Publicado em 22/11/2023 às 17:25:00
A mãe de um menino de 8 anos denunciou uma professora da Escola Municipal Doutor Adhemar Rezende de Andrade, no Bairro São Pedro, em Juiz de Fora, por injúria racial. Segundo a denúncia, a professora teria chamado o cabelo do menino de feio e o obrigado a prender o cabelo contra a vontade dele.
O menino, que cursa o 3º ano do ensino fundamental, contou à mãe que a professora chamou o cabelo dele de "feio" na sala de aula. Na hora do recreio, a professora teria abordado o menino novamente e dito: "Senta aí agora!". Em seguida, ela teria pegado uma buchinha dela e amarrado o cabelo do menino com força.
O menino disse que ficou triste e nervoso com a situação. Ele contou que não gosta de usar o cabelo preso e que a mãe dele também não o força a fazer isso.
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A mãe do menino disse que foi à escola dois dias depois do ocorrido para pedir uma reunião com os representantes da unidade de ensino. Ela contou que só conseguiu falar com a vice-diretora, que informou que a professora não poderia conversar naquele momento.
No dia seguinte, a mãe e o pai do menino voltaram à escola para uma reunião agendada, mas foram informados por telefone que o encontro com a professora não seria mais possível porque ela teve um imprevisto.
Em seguida, eles foram à 99ª Companhia de Polícia Militar em Juiz de Fora onde fizeram um boletim de ocorrência (BO). A mãe também compareceu ao Conselho Tutelar.
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De acordo com o BO, eles voltaram na segunda-feira (20) para uma nova reunião e não foram atendidos: "Fui informada pela diretora que não teria reunião, porque a professora foi chamada na Secretaria de Educação", disse Rayelle.
A Polícia Civil começou a investigar o caso na 2ª delegacia da cidade.
A Secretaria de Educação de Juiz de Fora repudiou veementemente qualquer prática de racismo e disse que está apurando o caso. Confira a nota:
"A Secretaria de Educação tomou conhecimento do caso, ocorrido em escola municipal, no qual teria se registrado uma conduta racista. Imediatamente, foi iniciada a apuração do incidente. A Secretaria de Educação repudia veementemente qualquer prática de racismo e adota como política pedagógica um trabalho contínuo de conteúdo antirracista, intensificado e fortalecido pela constituição em 2023 do NUPRER ( Núcleo Permanente de Relações Étnico Raciais). Concluída a apuração da situação denunciada, serão tomadas as providências cabíveis".
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