Publicado em 09/12/2020 às 07:15:00
Em 2019, a Apple TV+ lançou sua principal aposta para conquistar assinantes ao redor do mundo: The Morning Show. Protagonizada por Jennifer Aniston, Reese Witherspoon e Steve Carell, a série usou como pano de fundo o período do movimento MeToo e chamou a atenção pela sua abordagem. Para quem acompanhou os 10 episódios da produção, pode ter encontrado semelhanças com o caso de Marcius Melhem, acusado de ter cometido assédio sexual e moral nos bastidores da Globo.
A trama gira em torno de um jornal de TV que faz muito sucesso nos Estados Unidos. O coapresentador, interpretado por Steve, é demitido devido a acusações de assédio sexual e a personagem de Aniston fica sem seu parceiro de bancada após 15 anos. O caso se transforma em um verdadeiro escândalo.
A protagonista descobre que iria ser demitida, mas a saída do seu colega de programa mudou os planos da emissora. Ao perceber que a direção do canal não a enxerga mais como uma grande estrela, a apresentadora dá um giro no enredo, envolvendo a personagem de Witherspoon.
A entrada da personagem de Resse faz com que a produção saia da zona de conforto e reflita sobre as atitudes dos membros do programa. O diretor, por exemplo, acobertou os casos de assédio que aconteciam nos bastidores. Ao saber das atitudes do coapresentador, o presidente da emissora tentou abafar o caso e chegou a promover uma das vítimas para que a denúncia não fosse levada adiante.
Por não ter uma abordagem militante, The Morning Show recebeu críticas de especialistas de TV dos Estados Unidos. Na visão de um grupo de jornalistas, o programa não teve responsabilidade ao mostrar mulheres que sabiam dos casos e permitiram que o assediador continuasse impune por tanto tempo. Com o foco em temas de assédio moral e sexual, a série recebeu indicações para o Globo de Ouro e Emmy e foi renovada para uma segunda temporada.
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Após o resumo da história de The Morning Show, é preciso avisar que a partir daqui possui spoiler. Caso não tenha assistido e não gosta de saber o que aconteceu do início até o fim da produção, recomendamos que você encerre a leitura.
Mitch Kessler é o nome do coapresentador da produção e diversos casos de assédio praticados por ele surgem na mídia. Por causa da pressão da mídia, ele é demitido e perde todos os seus amigos. O personagem é parecido com Marcius Melhem, que possuía grande prestígio na Globo e foi isolado após as denúncias de funcionárias – incluindo Dani Calabresa – que o acusam de abusos morais e sexuais.
Com os desdobramentos, descobre-se que a direção da emissora fictícia sabia dos crimes praticados por Mitch. Para abafar o caso, a primeira denunciante é chamada na sala do presidente do conglomerado e é promovida para um cargo mais alto, com aumento de salário e maior prestígio no canal.
Os detalhes da revista Piauí mostram que os diretores da Globo receberam as denúncias e acabaram incomodando pelas suas ações diante dos casos. Segundo a reportagem, o fato do canal afastar Marcius Melhem e depois não prorrogar o contrato dele sem mencionar a questão do assédio sexual e moral irritou um grupo de profissionais que fazem parte da área de humor.
O título da matéria “O que mais você quer, filha, para calar a boca?” refere-se ao fato de Calabresa ter ganhado um quadro no Se Joga e renovado o contrato com a Globo e, mesmo assim, continuar com a denúncia. Marcius teria entendido que essas “promoções” era um “cala-boca” da emissora.
Outro ponto semelhante entre The Morning Show e o caso Marcius Melhem é a maneira que a opinião pública reagiu as histórias. A grande maioria se revoltou com os acusados e pediram providências judiciais contra ambos.
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