Publicado em 16/08/2020 às 08:00:01
O Emmy, principal prêmio da televisão dos Estados Unidos, anunciou no começo do mês os indicados de 2020 e uma minissérie chamou atenção: Nada Ortodoxa – Unorthodox, no original. O drama é inspirado numa história real e se divide entre Nova Iorque, cidade norte-americana, e Berlim, capital da Alemanha, que embarca no universo judeu. A atriz Esther Shapiro é a protagonista e concorre como melhor atuação feminina em minissérie.
O enredo tem como protagonista uma jovem judia de apenas 19 anos de uma comunidade ultra-ortodoxa hassídica em Williamsburg, no Brooklyn. Ela vive em um casamento arranjado, contudo, acaba fugindo dos Estados Unidos para encontrar sua mãe no país alemão.
Ela também tentará ter uma vida nova e explorará sua própria identidade, inclusive tratando de temas como sexualidade que vão entrar em conflitos com seus valores e ensinamentos religiosos. A produção foge de qualquer tipo de militância e é um choque de realidade entre a cultura ultra-ortodoxa com os alemães.
A produção está disponível na Netflix e contabiliza quatro episódios, com duração média de uma hora. A criação é da showrunner Anna Winger (Deutschland 83) e tem direção de Maria Schrader (Stefan Zweig - Adeus, Europa. Mas o que chama atenção é quem escreve: Deborah Feldman.
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Nada Ortodoxa é baseada em uma história real de nada mais nada menos que Deborah Feldman. Ela escreveu sua autobiografia chamada Unorthodox: The Scandalous Rejection of My Hasidic Roots em 2012. Ela é uma escritora americano-alemã e sua biografia fez sucesso em todo planeta.
Isto porque sua juventude foi num grupo hassídico Satmar em Williamsburg, no Brooklyn, em Nova Iorque. Essa comunidade nasceu pelas mãos de sobreviventes do Holocausto, logo após o fim da Segunda Guerra Mundial.
Seus conflitos internos são descritos com muitos detalhes e essa profundidade chamou atenção de Anna Winger para transformar numa minissérie. Deborah hoje mora em Berlim, na Alemanha, e tem 33 anos de idade.
E o papel principal ficou nas mãos de Esther Shapiro, que interpreta a personagem Shira Haas. Ela é israelense, tem apenas 24 anos e nasceu em Tel Aviv. Apesar de não ser uma judia hassídica, a artista cresceu em uma sinagoga ortodoxa e isso facilitou na hora de criar sua composição.
Ela também leu e viu vídeos de relatos de pessoas que sobreviveram ao holocausto. Por sinal, Esther é descendente de sobreviventes do massacre feito pelos nazistas na Alemanha.
Apesar de ter muito conhecida em Israel por suas atuações premiadas, ela vinha há algum tempo em filmes de Hollywood, como O Zoológico de Varsóvia, Maria Madalena – ela atuou ao lado de Joaquin Phoenix, atual campeão do Oscar como Melhor Ator – e De Amor e Trevas.
Elogiada pela crítica norte-americana, sua indicação entrou na maioria dos palpites de casas de apostas. Entretanto, jornalistas dos Estados Unidos afirmam que é pouco provável a vitória dela, já que enfrentará Regina King, um dos maiores nomes da TV mundial.
O enredo é contemplativo e não tem pressa em desenvolver o relato de cada personagem. Mesmo com um ritmo mais lento, o público foi fisgado pela história de Shira por conta do tema e da maneira que seus dramas internos foram exibidos na minissérie.
Sem militância, o judaísmo teve todos os seus lados colocados na mesa, conforme os críticos americanos explicaram em seus textos. Juntando todas as análises produzidas nos principais sites e jornais dos Estados Unidos e Reino Unido, Nada Ortodoxa terminou com uma avaliação de 85 pontos, considerada muito alta.
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