Publicado em 14/08/2023 às 17:40:00
A ex-primeira-dama, Michelle Bolsonaro (PL), tomou a decisão de se fazer representar pelo advogado criminalista Daniel Bialski, à medida que as investigações sobre a alegada venda irregular de presentes oficiais, recebidos durante o mandato do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), avançam.
Esta seleção de advogado surge após a Polícia Federal solicitar a quebra do sigilo fiscal e bancário tanto de Michelle quanto do ex-presidente Bolsonaro. A autorização para esta medida está nas mãos do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, que também planeja consultar a Procuradoria-Geral da República (PGR) antes de tomar uma decisão.
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Em um comunicado divulgado no início da tarde, Bialski esclareceu: "A defesa da ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro informa que solicitou acesso ao processo para entender quaisquer suspeitas que existam e que possam mencionar o seu nome", diz o comunicado.
"No entanto, desde já, esclarece que 'a Sra. Michelle Bolsonaro está completamente tranquila, uma vez que não esteve envolvida e não tem conhecimento de qualquer irregularidade ou ilegalidade'", conclui.
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Nesta segunda-feira (14), a colunista Andréia Sadi, revelou que a Polícia Federal já identificou elementos para considerar o indiciamento de Michelle Bolsonaro no caso das joias. Embora se preveja que a ex-primeira-dama seja convocada a depor, a pressa para tal chamamento não é urgente, uma vez que já existem elementos suficientes para dar continuidade ao processo de indiciamento.
Além de Michelle Bolsonaro, o advogado Daniel Bialski já defendeu a deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) e o ex-ministro da Educação, Milton Ribeiro, em outras ocasiões.
A investigação da Polícia Federal, que trata do suposto esquema de comércio ilegal no exterior de presentes recebidos por Jair Bolsonaro (PL) durante o seu período como presidente da República, já identificou até agora, no sábado (12), quatro "conjuntos de bens" que foram oferecidos em leilão ou venda direta nos Estados Unidos.
Destes quatro conjuntos, três foram efetivamente colocados à venda. A Polícia Federal ainda está em processo de investigação para determinar se outros presentes oficiais também foram negociados, e estima-se que tais transações possam ter ultrapassado a marca de R$ 1 milhão.
Dentre os três conjuntos que foram colocados à venda, dois deles tiveram de ser recuperados pelos aliados de Bolsonaro em uma ação de "resgate", como relatado pela PF. Isto se deve ao fato de que o Tribunal de Contas da União (TCU), à época desconhecendo que os itens haviam sido vendidos a terceiros, emitiu a ordem para que esses conjuntos permanecessem sob a custódia da Caixa Econômica Federal.
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