Envolvido no caso das joias, advogado de Bolsonaro se manifesta pela primeira vez

O advogado Frederick Wassef, que representa o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) em diversos casos na justiça, emitiu uma declaração no domingo (13), negando veementemente qualquer envolvimento em um esquema de venda de joias investigado pela Polícia Federal (PF) e denunciou ser alvo de uma campanha de difamação.

"Como representante legal de Jair Messias Bolsonaro, quero afirmar que estou mais uma vez sendo alvo de uma campanha de notícias falsas e mentiras de diversas naturezas, além de informações fora de contexto", afirmou Wassef.

Ele negou qualquer participação nas alegadas negociações de joias e enfatizou que nunca vendeu, ofereceu ou teve posse de qualquer uma delas. O advogado também esclareceu que não esteve envolvido de forma direta ou indireta em tratativas de venda, enfatizando sua completa inocência nas acusações. Wassef afirmou que soube da existência das joias somente no início deste ano através da imprensa, após ligar para Bolsonaro e receber autorização para emitir uma nota à imprensa sobre o assunto. 

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Segundo as investigações, o ex-presidente e seus assessores levaram as joias e relógios recebidos durante seu mandato em um voo da Força Aérea Brasileira (FAB) para os Estados Unidos, onde teriam vendido as peças. A Polícia Federal alega que os valores obtidos com essas vendas foram convertidos em dinheiro, ingressando no patrimônio pessoal dos investigados sem passar pelo sistema bancário formal, com o suposto objetivo de ocultar a origem e propriedade dos valores.

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Advogado e Bolsonaro se complicam

O inquérito policial, que teve início em março, apontou também o possível envolvimento de Frederick Wassef, alegando que ele atuou para recuperar um relógio que havia sido vendido pelo grupo. A defesa de Bolsonaro, por sua vez, ressaltou que o ex-presidente está disposto a disponibilizar seus registros bancários às autoridades e reiterou que ele nunca se apropriou indevidamente de bens públicos.

A defesa do ex-presidente também informou que ele voluntariamente solicitou ao Tribunal de Contas da União (TCU) em março deste ano a entrega das joias recebidas até que uma decisão final sobre o tratamento delas fosse tomada, o que, de acordo com a declaração, foi cumprido. Essa foi a única manifestação de Bolsonaro sobre o assunto. No sábado (12), ele publicou um vídeo nas redes sociais, sem relação com o tema, desejando a todos um "bom sábado".