Publicado em 07/08/2023 às 21:00:00
Nesta segunda-feira (7), o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) minimizou as alegações acerca da tentativa de venda de um relógio Rolex por Mauro Cid, seu ex-ajudante de ordens no período de sua presidência.
A Polícia Federal encontra-se em meio a uma investigação para determinar se Cid de fato tentou comercializar o relógio por um montante aproximado de R$ 300 mil. As suspeitas surgiram após a análise de uma série de trocas de e-mails entre Cid e Maria Farani, que ocupou cargo na assessoria do Gabinete Adjunto de Informações presidencial até janeiro de 2023.
Ao ser questionado sobre o tema, Bolsonaro proferiu palavras à imprensa após um almoço na cidade de São Paulo, na companhia do prefeito local, Ricardo Nunes (MDB), e do governador paulista, Tarcísio de Freitas (Republicanos). O ex-presidente afirmou: "Não percebo nenhuma conotação negativa na avaliação do preço de um item, tal ação é natural."
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O ex-presidente ainda mencionou as demandas do Tribunal de Contas da União (TCU), salientando que todos os requerimentos feitos pelo órgão foram devidamente atendidos. Ele também fez menção a um relógio semelhante ao que está no centro da controvérsia. Em relação à declaração de Cid sobre o valor do objeto, o ex-presidente questionou: "Quanto vale este item?".
A correspondência eletrônica em análise foi encaminhada à CPI do 8 de Janeiro. Este acontecimento é mais um episódio que desfavorece Bolsonaro, já que Mauro Cid, um tenente-coronel do Exército, surge como figura central nesse contexto. As conversas por e-mail vieram a público por meio do jornal "O Globo", e o jornal "Folha" também obteve acesso às mensagens.
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Nas mensagens analisadas, Maria Farani questiona Cid a respeito de seu interesse de venda do relógio e indaga sobre o certificado de garantia original do item. Em resposta, Cid revelou sua intenção de comercializar a peça por US$ 60 mil (cerca de R$ 290 mil).
Cid deteve uma posição de grande proximidade junto ao ex-presidente durante seu período no cargo executivo. Atualmente, ele se encontra sob custódia por ordem do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), em virtude de suspeitas de ter manipulado dados de vacinação no sistema do Ministério da Saúde.
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