Publicado em 30/08/2022 às 11:05:00,
atualizado em 30/08/2022 às 11:24:06
Sucesso em suas duas versões, em 1974 e 1994, A Viagem ganhará uma nova adaptação na Globo. Com o sucesso de Pantanal no horário nobre, a emissora pretende investir em remakes, e o foco agora é a faixa das 19h. O horário está em crise desde o início da pandemia da Covid-19 e ainda não conseguiu se reerguer, ao contrário das 18h e das 21h, cujas tramas já alcançam números satisfatórios e boa repercussão.
O NaTelinha apurou que há chances de o remake de A Viagem ir ao ar às sete da noite, como aconteceu em 1994. Aquela já era a segunda versão do clássico de Ivani Ribeiro (1922-1995), apresentado pela primeira vez na Tupi, em 1974. Tanto o original quanto a adaptação tiveram boa audiência com uma abordagem da doutrina espírita kardecista na TV.
Na década de 1990, A Viagem foi o maior sucesso de público da Globo às 19h. Curiosamente, a novela fugia de um padrão já consolidado na época: o de apresentar no horário novelas leves, de comédia. Mesmo com o êxito da produção, poucas novelas na faixa apostaram no drama desde então.
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Essa aposta, nos bastidores da Globo, parece ser a saída para solucionar a crise das novelas das sete. Antes da pandemia, o horário tinha médias na casa dos 30 pontos com Salve-se Quem Puder (2020). Depois, com Quanto Mais Vida, Melhor (2021) e agora com Cara e Coragem (2022), dificilmente ultrapassa os 25, segundo o Kantar Ibope.
A informação de que a novela ganhará uma terceira versão foi antecipada nesta terça-feira (30) pelo site Notícias da TV. O objetivo é lançar a trama em 2024, quando a primeira e a segunda versão completam 50 e 30 anos de estreia, respectivamente. A adaptação ficará a cargo de Renata Jhin, filha da autora Elizabeth Jhin – esta também é conhecida por também criar histórias com base no espiritismo.
Além de A Viagem, a Globo está disposta a investir em outros remakes, especialmente para a faixa das 19h. Títulos como Mulheres de Areia, também de Ivani Ribeiro, têm força. Essa foi outra novela de sucesso em suas duas versões: em 1973, na Tupi, com Eva Wilma (1933-2021) nos papéis das gêmeas Ruth e Raquel; e em 1993, na Globo, com Glória Pires.
A confirmação de outros títulos na grade vai depender da boa aceitação dos primeiros a serem lançados. A expectativa é grande, já que Pantanal, a atual novela das nove, alcança grande repercussão e interesse pelo fato de já ter sido uma história de sucesso no passado – o remake é assinado por Bruno Luperi, neto de Benedito Ruy Barbosa, autor da trama original que passou na Manchete em 1990. A performance da trama é bem avaliada pela diretoria da Globo.
Por ora, tudo ainda é um estudo, em fase de avaliação. Em junho, o NaTelinha havia antecipado que o sucesso da trama de Juma Marruá (Alanis Guillen) poderia influenciar a Globo a apostar em outras adaptações em seu principal horário de novelas. Nesta faixa, a que tem mais chances é Roque Santeiro (1985).
Outro fator analisado internamente é a duração das tramas às 19h. Essas novas versões devem ser mais curtas, em torno de 100 capítulos. A longa duração, prejudicando a agilidade das histórias, pode ser uma explicação para o fraco desempenho das últimas novelas das sete. Cara e Coragem, por exemplo, deve terminar com quase 200 capítulos.
O que se sabe é que a Globo tem o objetivo principal de “salvar” a faixa das 19h, principal foco da direção atualmente. O horário é fundamental para alavancar a audiência da programação noturna: precisa entregar em alta para o Jornal Nacional e, assim, impulsionar também a novela das 21h.
Procurada, a Globo informa que não procede a informação sobre o remake de A Viagem.
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