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Paula Barbosa, a Zefa, antecipa cena tensa em Pantanal: "Chegam ao extremo"

Atriz elege sua sequência mais marcante, que vai ao ar em breve na novela da Globo, e diz se nova versão terá mesmo final que original; em 1990, a fofoqueira ficou com Tadeu

“Pareço com a Zefa nessa questão de falar sem pensar e fazer questão de colocar minha opinião”, avalia Paula Barbosa, em entrevista ao NaTelinha - Foto: Divulgação/João Miguel Junior
Por Walter Felix

Publicado em 15/07/2022 às 04:00:00,
atualizado em 15/07/2022 às 08:46:49

“Engraçada, leve e cara de pau” é como Paula Barbosa define Zefa, sua personagem em Pantanal. A empregada fofoqueira e desbocada serve para quebrar as tensões na casa de Maria Bruaca e Tenório, vividos por Isabel Teixeira e Murilo Benício. Só que o clima descontraído na família está prestes a fechar, e uma cena tensa entre funcionária e patroa vai ao ar em breve, como revela a atriz em entrevista ao NaTelinha.

A nosso convite, Paula Barbosa topou responder perguntas dos internautas. Uma delas quis saber qual foi a cena mais marcante para a atriz, até agora. “Foi uma mais intensa, com a Isabel Teixeira. É uma discussão entre a Zefa e a Maria Bruaca. De todas as discussões entre elas, foi a mais pontual, a mais séria. Elas chegam ao extremo. É quando a Zefa deixa de trabalhar na casa da Maria Bruaca”, conta a atriz.

Neta de Benedito Ruy Barbosa, autor da novela original, exibida na Manchete em 1990, e prima de Bruno Luperi, que assina a adaptação do texto para a Globo, a artista entrega que Zefa deve ter o mesmo destino da primeira versão da trama. Ou seja, deve chegar ao fim da história casada com Tadeu (José Loreto) – na outra novela, o casal foi vivido pelos atores Giovanna Gold e Marcos Palmeira (que agora interpreta o protagonista José Leôncio).

“Minha expectativa é que a Zefa vá seguir mais ou menos a mesma trajetória da versão original. Até onde sei, é aquele o caminho da personagem”, adianta Paula. “Minha expectativa maior está sendo a resposta das pessoas: o que vão achar, como vai ser a reação, se o casal vai agradar, se não vai… Mais do que o final da personagem, porque, até onde eu sei, vai ser bem parecido com o que foi em 1990.”

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Gabriel Gusmão: Como têm sido as gravações no Pantanal?

Paula Barbosa: As minhas gravações no Pantanal já acabaram. Foram incríveis, foi uma experiência única. É um lugar totalmente diferente de tudo que eu já tinha conhecido, e estávamos muito inseridos ali. Não tinha quase nenhuma influência externa. Ficamos nas fazendas, bem no coração do Pantanal. Foi puxado, porque a logística é difícil, mas foi uma delícia. Uma experiência incrível e necessária, para nós que estamos fazendo Pantanal, conhecer o bioma. Gravar lá é outra energia.

Fernanda de Bernardo: Você se identifica com a Zefa? Em quais aspectos?

Paula Barbosa: Pareço com a Zefa nessa questão de falar sem pensar e fazer questão de colocar minha opinião. Quando era mais nova, adolescente, isso era mais forte em mim. Acabava até me metendo em situações chatas. Quando eu via algo errado, fazia questão de me meter e ficar do lado de quem eu achava que estava certo, mesmo sem ter sido chamada na briga.

Eu achava que estava fazendo a coisa certa, mas muitas vezes estava só me metendo em um assunto que não era meu. No final, as pessoas faziam as pazes e eu é que ficava mal na situação. Com o passar dos anos, fui amadurecendo (risos). Hoje, isso é bem mais controlado… Mas se me perguntar, vai ouvir o que eu penso! Não tenho meias-palavras, mas hoje espero as pessoas pedirem a minha opinião antes de sair me metendo nos assuntos.

Gabriel Gusmão: Foi difícil se acostumar a usar o sotaque? Já se pegou falando igual à personagem?

Paula Barbosa: Fácil, nunca é. Ainda mais quando não estamos acostumados, um sotaque distante do nosso... Essa é minha terceira personagem em novela com sotaque, e eu estudo muito, escuto muito. Foi um trabalho bem intenso para ficar natural, orgânico, não aquela coisa “Ih, ela tá tentando fazer o sotaque”. Então, eu me dedico muito a isso, porque eu gosto, me exijo chegar o mais perto que eu conseguir do sotaque verdadeiro.

Às vezes, eu me pego usando uma expressão ou outra da personagem. Aqueles termos que a gente usa sempre, um jeitinho ou outro de falar, mas até por brincadeira mesmo. Não “confundo”, não, porque sempre que eu termino meu dia de trabalho, eu procuro encerrar o dia mesmo. Voltar para a Paula e deixar o trabalho ali no trabalho. Dificilmente eu misturo as coisas.

Angela Souza: Existe algum tipo de cobrança em relação à personagem da versão anterior?

Paula Barbosa: Não tenho essa cobrança comigo, nem ligo muito se alguém me cobra isso. Vejo que as pessoas comparam muito. Isso acontece, tenho visto, e é natural. Estamos fazendo um remake de um clássico, que deu supercerto lá atrás. A comparação é inevitável, mas as pessoas devem entender que aquela Zefa de 32 anos atrás era uma e a Zefa de hoje é outra. É impossível ser a mesma coisa, ser parecida. Mesmo se eu tentasse fazer igualzinho ao que ela [a atriz Giovanna Gold] fez, não seria igual, passaria por mim.

Vejo muitas pessoas fazendo comparações, mas acho isso uma bobagem. Obviamente, algumas pessoas que assistiram à primeira versão podem dizer “Acho que eu gostava mais daquela Zefa”, isso é natural. Agora, cobrar que seja melhor ou igual, nem levo isso em consideração. Sinceramente, eu não me cobro. Eu tinha mesmo a intenção de fazer diferente. Ao contrário da Giovanna Gold, eu já sei a trajetória da personagem até o final da novela, então consigo trabalhar outras coisas que ela não pôde porque ela não sabia o que viria pela frente.

Gabriel Araújo: Como você vê esse sucesso da novela, especialmente entre um público mais jovem?

Paula Barbosa: Fiquei surpresa com o interesse do público jovem. Essa é uma geração da internet, do streaming, muito mais que eu e o pessoal mais velho que sempre teve essa cultura da novela. Ao mesmo tempo, eu acreditava que era possível, porque é um trabalho muito bom, que fala de coisas muito atuais. Conflitos familiares atingem todo mundo, não importando diferença nenhuma, de localidade, raça, sexo... São assuntos que em, algum momento, fazem parte da vida de todos.

Fiquei mais surpresa pelo tamanho do sucesso. Está sendo muito legal! É muito interessante, porque você vê gerações completamente diferentes gostando da mesma novela e tendo suas percepções em relação a cada personagem, de acordo com as referências de cada um. É muito gostoso você ver uma menina de 15 anos comentando e uma mulher de 60, que viu a primeira versão.

Maria Bruaca e Zefa terão embate nos próximos capítulos de Pantanal, revela Paula Barbosa - Foto: Reprodução/Globo

Débora Anunciação: Como tem sido contracenar com a Isabel Teixeira?

Paula Barbosa: Ela é uma atriz maravilhosa, com uma carreira extensa no teatro. Muito inteligente e estudiosa. E é aquele furacão. Ter essa mulher ali comigo, jogando e trocando comigo, é um presente, com certeza, e também muito aprendizado. Tiro tudo o que eu posso dela e das experiências dela… Está sendo especial demais!

Juliana Rezende: Qual foi a cena mais marcante na hora de atuar até agora?

Paula Barbosa: A Zefa tem aquela coisa de ser engraçada, leve, cara de pau, que torna as situações divertidas. Muitas vezes ela quebra as tensões naquela casa. Mas uma cena que gravei e me marcou bastante foi uma mais intensa, com a Isabel Teixeira. É uma discussão entre a Zefa e a Maria Bruaca. De todas as discussões entre elas, foi a mais pontual, a mais séria. Elas chegam ao extremo. É quando a Zefa deixa de trabalhar na casa da Bruaca… Mas não vou contar mais detalhes, assistam!

Expectativa de Paula Barbosa é se o público vai aprovar o casal Tadeu e Zefa - Foto: Divulgação/João Miguel Junior

Juliana Rezende: Qual é a sua expectativa para o desfecho da personagem?

Paula Barbosa: Minha expectativa é que a Zefa vá seguir mais ou menos a mesma trajetória da versão original. Até onde sei, é aquele o caminho da personagem. Minha expectativa maior é em relação à resposta do público à história da Zefa que eu estou contando. Apesar de ela estar nas mesmas situações da primeira versão, agora estamos em outra novela.

Quando a Zefa se relaciona com o Tadeu, também não é o mesmo Tadeu da primeira versão. O Loreto e eu estamos fazendo o nosso casal, com a nossa pegada. Minha expectativa maior está sendo a resposta das pessoas: o que vão achar, como vai ser a reação, se o casal vai agradar, se não vai… Mais do que o final da personagem, porque, até onde eu sei, vai ser bem parecido com o que foi em 1990 [casada com o peão].

O NaTelinha divulga todos os dias os resumos dos capítulos, detalhes dos personagens, entrevistas exclusivas com o elenco e spoiler da novela Pantanal. Confira!





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