Publicado em 20/08/2020 às 06:22:00
No ar nas reprises de Fina Estampa e Totalmente Demais, Adriana Birolli, 33, diz estar adorando rever dois trabalhos pelos quais tem um grande carinho e nega que tenha criticado o papel na trama de Aguinaldo Silva ou a novela das nove. "Eu sou completamente apaixonada pela Patrícia! Revendo cenas de 10 anos atrás vejo coisas que eu poderia ter feito melhor, mas esse é o objetivo. Evoluir com o tempo, melhorar", diz em conversa exclusiva com o NaTelinha.
"A novela é maravilhosa e a personagem é muito rica, cheia de momentos diferentes de evolução durante a trama. Estou muito feliz em ver a reprise!", comemora a atriz.
Para Adriana, a Globo acertou nas duas escolhas em um momento tão difícil pelo qual estamos passando. A prova disso é a boa audiência e repercussão que as edições especiais estão tendo com o público de casa.
"Não acredito que exista uma fórmula para o sucesso, mas o fato é ambas fizeram sucesso na primeira exibição e estão fazendo sucesso novamente. Fico muito feliz com o carinho do público!", vibra.
Enquanto a Paty de Fina Estampa é uma jovem do bem e com grande senso de justiça, a Lorena Domingos de Totalmente Demais tem caráter duvidoso. Para a atriz, a personagem pode ser considerada uma vilã. "Lorena é baixa, mau caráter, recalcada. Ela não tem exatamente uma vida própria, ao mesmo tempo é uma personagem que representa vários jornalistas que existem e fazem exatamente o que ela faz. Distorce o que foi dito, cria situações 'causadoras' onde não existe, é um enorme mercado hoje em dia", avalia Birolli.
"Infelizmente algumas pessoas não medem consequências, não pensam o quanto podem estar prejudicando a família de alguém ou o emprego, a carreira. O que importa é causar, é ter manchete bafônica, é ter muitos cliques", complementa a intérprete da editora de fofoca.
Adriana avalia o ofício do jornalista como muito sério. Então, para ela, profissionais irresponsáveis que criam situações e fazem uso de fake news ultrapassam a falta de ética e chegam a ser criminosos.
"Achei muito interessante fazer essa personagem e poder falar desse universo podre da imprensa 'marrom'. Eu já vi 'jornalistas' criarem notícia ao meu lado com situações nada verdadeiras", conta a atriz. "No mundo real pessoas cometem suicídio por serem expostas em algumas situações", lamenta.
Vítima de fake news algumas vezes, Birolli afirma ter nojo deste tipo de situação. "Já passei por várias situações desagradáveis, sempre procurei resolver com quem estava envolvido na situação, cada caso é diferente. É sempre tão cruel, pessoas ficam magoadas, essas situações me enojam", dispara.
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O último trabalho de Adriana Birolli na TV foi em Jezabel, novela da Record exibida ano passado. Assim como muitos profissionais, a atriz também teve projetos interrompidos por causa da pandemia do novo coronavirus.
"Acho que não temos muita previsão para nada. Existem até alguns trabalhos para serem retomados, mas por enquanto não acredito que nada vá realmente acontecer esse ano nessa incerteza e com esses números alarmantes de perdas que estamos no Brasil", prevê.
Em 2021, Birolli pode ser vista no cinema com "Lucicreide Vai Pra Marte". O filme marca sua estreia na telona. "É minha estreia no cinema sim, a partir de um convite da Fabi [Fabiana Karla], embarquei nessa loucura deliciosa. Muito feliz que vai estrear em breve!", alegra-se.
A quarentena paralisou o setor do entretenimento, que deve ser o último a retomar suas atividades. Em contrapartida, nunca se consumiu tanta cultura quanto neste período de isolamento social.
Para Adriana, esta deveria ser a chance de as pessoas se darem conta da importância da cultura na formação de um ser humano. "O tal supérfluo que está incrustado no dia a dia das pessoas e algumas insistem em fingir que não é importante", alfineta a atriz que vai além e sugere uma pausa geral.
"Eu amaria um blackout cultural de uma semana. Sem absolutamente nada disponível. Na TV somente informação, no rádio também, as plataformas de música e entretenimento todas fora do ar, sem lives, sem shows, sem nada. Aí, talvez as pessoas perceberiam a função da cultura. Talvez...", dá o recado.
"A população ataca os artistas como grandes responsáveis das desgraças que acontecem, porque somos considerados 'vagabundos inúteis e privilegiados'. Ah, e claro, 'comunistas?'", ironiza.
"Por muitos, mais uma vez a grande ignorância da nossa população não considera os milhares e milhares de trabalhadores da cultura que trabalham para poucos estarem nos holofotes, um mercado gigantesco que sustenta milhares de famílias", sinaliza.
Birolli não vê muito interesse nas pessoas em pesquisar e entender mais sobre os assuntos. "A moda é dar opinião. De preferência, pra disseminar maldade. Espero que quem consumiu a cultura nesse período lembre de ir ao teatro dar apoio aos artistas quando tudo isso melhorar, espero mesmo, de coração", desabafa.
A atriz finaliza a conversa ressaltando o quanto é difícil viver da arte aqui no Brasil, assim como do futebol. "É glamourizada porque 2% tem visibilidade e conseguem ter uma carreira longa e estável, enquanto 98% trabalha hoje para comer amanhã e ainda é desvalorizado e marginalizado", dispara.
Para Adriana, o nosso país não considera a cultura importante. Então, o artista vai contra tudo se quiser seguir na profissão. "Quando eu falo de arte, temos que pensar amplamente e não apenas nas grandes emissoras de televisão", sinaliza.
"Quantos brasileiros nunca visitaram um museu, nunca assistiram uma peça de teatro, um concerto, uma exposição de artes plásticas. Só podemos ser grandes quando nos alimentamos de cultura e ampliamos nossos horizontes", conclui.
Fique por dentro dos próximos capítulos de Fina Estampa e outras produções acessando o canal de Novelas do NaTelinha.
Quer saber mais? Confira o resumo semanal da novela Fina Estampa de 17/08/2020 a 22/08/2020.
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